:: ‘Cinema Negro em Foco’

Dando continuidade à série de mini-docs com o tema “Cinema Negro em Foco”, do Cineclube Mocamba, foi lançado mais um episódio dos encontros realizados em escolas do Sul da Bahia.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda e registra parte das atividades da Mostra Cineclubista Cultural Território Litoral Sul que foi desenvolvida em três escolas públicas da rede estadual de ensino que participam do Programa “Escolas Culturais” nos municípios de Itabuna, Itajuípe e Ilhéus.

Além do objetivo do projeto a atividade buscou estabelecer a relação entre cinema, cineclube e educação como forma de sensibilizar o público presente para essa temática.

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O Cineclube Mocamba está lançando a série de mini-documentários com o tema “Cinema Negro em foco”. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda e registra parte das atividades da Mostra Cineclubista Cultural Território Litoral Sul que foi desenvolvida em três escolas públicas da rede estadual de ensino que participam do Programa “Escolas Culturais” nos municípios de Itabuna, Itajuípe e Ilhéus.

A atividade também buscou estabelecer a relação entre cinema, cineclube e educação como forma de sensibilizar o público presente para essa temática.

A série de mini-documentários é composta por seis episódios e aborda trechos das sessões cineclubistas (exibição de audiovisuais e debates) e das oficinas de produção audiovisuais utilizando o celular através de depoimentos que aconteceram ao longo das atividades.

No primeiro episódio será apresentada a sessão cineclubista que aconteceu na Escola Polivalente de Itajuípe.

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Por Karen Póvoas

“Acredito que as temáticas abordadas precisam estar presentes na sala de aula e nas escolas.

Gostei muito dos vídeos e pergunto ao grupo qual a dificuldade em levar essa proposta para mais escolas? ”, indaga a professora de História, Thays Santos Costa, ao perceber a importância da Mostra Cineclubista.

A professora Thays atua no Colégio Modelo de Itabuna, onde a Mostra Cineclubista Cultural Território Litoral Sul – Cineclube Mocamba – Cinema Negro em Foco” encerrou as atividades no mês da Consciência Negra. O projeto gratuito e itinerante rodou os 3 colégios que fazem parte do Programa Escolas Culturais – os Colégios Modelo Luiz Eduardo Magalhães de Itabuna e Ilhéus, e o Colégio Polivalente de Itajuípe. Em cada instituição de ensino a Mostra Cultural ofereceu aos alunos e professores, sessões cineclubistas com debate e oficina de formação em audiovisual e cineclubismo.

O coordenador do projeto, Cláudio Lyrio, explicou que o “Cinema Negro em Foco” já esteve em outros colégios em diferentes anos, por meio do Cineclube Mocamba de Itabuna. Ele conta que ainda existem dificuldades em levar o projeto para uma grande quantidade de escolas, uma dessas barreiras é a falta da contrapartida das escolas, tendo em vista os custos com deslocamento de equipe e equipamentos. “A gente promove onde tem aceitação. As escolas têm dificuldade em fazer parceria. Muitas vezes é o diretor que não compreende o trabalho que vamos estar promovendo, cria barreiras e por isso, a gente aguarda o convite em vez de bater de porta em porta. Nós divulgamos o nosso trabalho, está aí o projeto circulando e convites podem aparecer. A gente precisa da contrapartida da escola, pois isso aqui se trata de um trabalho nosso. ”

O Colégio Modelo de Itabuna é parceiro do Cineclube Mocamba que já desenvolveu outras atividades na instituição em outras oportunidades. Dessa vez, as ações aconteceram no dia 16 de novembro e dois turnos. À tarde, os alunos assistiram à seis filmes, entre eles, ‘O Abebé Ancestral’, um documentário que aborda a cultura afrodescendente no século XIX, por meio da história de Mejigã, uma sacerdotisa nigeriana que foi escravizada no Engenho de Santana, em Ilhéus. O filme que é resultado da Oficina de Vídeo Educativo da UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz, em 2019, foi dirigido e produzido por Paulo Ferreira. Ele participou do debate encorajando os alunos a produzirem audiovisuais. “É um filme marcante porque vem da luta de fazer um cinema sem muitos recursos. Na época que fiz o filme eu não tinha equipamento próprio, então, tive que pegar emprestado ou alugava de colegas”, finaliza Paulo.

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Karen Póvoas

“A escola não é só um espaço de aprendizagem, mas também um espaço de vida e a vida não se resume dentro das quatro paredes da escola. ”

O depoimento é do professor de Filosofia Joelson Catarino, do Colégio Modelo de Ilhéus, após a sessão cineclubista realizada no auditório do colégio no dia 9 de novembro pela Mostra Cineclubista Cultural Território Litoral Sul – Cineclube Mocamba – Cinema Negro em Foco”. Para o professor, o projeto de iniciativa do cineclube Mocamba foi uma experiência para despertar nos alunos o interesse em trabalhar na área do audiovisual, como por exemplo, sendo um cineasta.

O auditório do colégio lotou durante a exibição de 5 documentários e ficção com produções regionais e nacionais. No momento do debate, houve muita curiosidade sobre a produção de roteiros e dos filmes. A atriz e professora de teatro, Elaine Bela Vista, participou como convidada junto a um grupo de alunos do Centro Estadual de Educação Profissional do Chocolate Nelson Schaun. Ela parabenizou a equipe e sugeriu, em outra oportunidade, uma oficina de roteiro para os alunos que já estão produzindo audiovisuais na escola de forma amadora. Elaine ficou encantada com a presença da linguagem teatral na performance dos atores do documentário “Deram um fuzil ao menino”. “A gente veio com bastante entusiasmo. Ainda não tinha assistido alguns documentários que foram exibidos aqui, inclusive o Abebé Ancestral, que é de Paulo Ferreira, um amigo querido. Ver os irmãos ali na tela foi uma emoção muito grande. Eu amo o que o cinema faz com a gente. Junta, mexe e revoluciona’, finaliza Elaine.

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