:: ‘Chocolates de Origem’
Produção de ovos e bombons cresce 40% na Páscoa
Chocolates de origem do Sul da Bahia produzidos com amêndoas premium são opções para o consumidor
A Páscoa tem diferentes significados para judeus e cristãos, com rituais e celebrações próprias. Na modernidade a troca de mimos no domingo da Páscoa está relacionada com o consumo de guloseimas como barras e ovos de chocolate, que têm na suas bases as amêndoas de cacau.
Neste aspecto a Bahia é referência nacional, tanto pelo volume da produção em geral, quanto pelas amêndoas especiais, utilizadas para fazer chocolates diferenciados da linha artesanal. A dobradinha se destaca nos concursos nacionais e internacionais e reflete a nova era do cacau no estado.
Responsável por cerca de 60% do cacau brasileiro, no ano passado a Bahia produziu em torno de 120 mil toneladas, com expectativa de chegar em 2024 a uma produção de 123 mil, 2,7% maior que 2023, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE).
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Chocolates brasileiros querem desbancar preferência por importados
A atual produção de chocolate por produtores de cacau baianos e paraenses e grupos empresariais brasileiros estão colocando o derivado do cacau em evidencia. Além representar concorrência às marcas de chocolates finos suíços, belgas e italianos nas prateleiras de grandes redes de supermercados e empórios.
O assunto é tema de reportagem neste domingo no jornal Folha de São Paulo que vê o chocolate nacional começando a ganhar a concorrência sólida com marcas de chocolate estrangeiras.
De acordo com a publicação, feito de cacau nativo, esse chocolate conta com uma produção que passa por processos de qualidade, tem preocupação socioambiental e é acompanhada em todas as etapas, da amêndoa à barra.
“É um mercado que vem crescendo muito no país. A questão é que agora estamos valorizando a produção de um cacau de qualidade, que antigamente era exportado. O processo é parecido com o qual o grão de café especial brasileiro passou”, diz Luiz Araújo, gerente acadêmico da Universidade Anhembi Morumbi.
IMPACTO SOCIAL
A reportagem cita marcas recém-chegadas ao mercado consumidor, como a Danke que inaugurou uma fábrica no Pará em agosto com capacidade de produção de mil toneladas ao mês. A marca aposta em um modelo de venda baseado no varejo, sem lojas próprias em São Paulo e Rio de Janeiro.
Cita ainda a Dengo, marca de chocolates brasileiros que existe desde 2017. Em novembro, a empresa inaugurou a Fábrica de Dengo —uma estrutura de 1.500 m² e quatro pavimentos na avenida Faria Lima, em São Paulo— que tem como ideia mostrar ao visitante como o chocolate é feito.
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