:: ‘cerveja artesanal Fora Temer’
Deputado sugere união e resistência de povos tradicionais contra governo Temer
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado Marcelino Galo, sugeriu, durante o o 1° Acampamento dos Povos Indígenas do Sul da Bahia, que acontece até hoje (24) em Ilhéus, que os povos indígenas, a população quilombola, trabalhadores do campo, pescadores e marisqueiras, acampados e assentados da reforma agrária se unam, em ações coordenadas de resistência, contra o desmonte estrutural de políticas publicas, de Direitos e conquistas sociais e trabalhistas históricas promovido por Michel Temer com o apoio de partidos como DEM, PMDB e PSDB.
Na avaliação do parlamentar, as medidas adotadas pelo Palácio do Planalto em conjunto com o Congresso Nacional visam atender os interesses “mais espúrios da bancada ruralista, um dos braços do golpe parlamentar de 2016”. Galo considera que a violência contra os povos e comunidades tradicionais foi agravada desde o ano passado. Ele acrescenta, por exemplo, que medidas que restringem drasticamente os direitos dos povos indígenas no Brasil à terra vai elevar o conflito agrário.
“Vivemos um momento de ataques, de desmonte estrutural e civilizatório. Os golpistas tomaram o poder central de assalto, e precisam garantir o lucro fácil do capital financeiro e dos ruralistas. Estão unidos por um projeto de exclusão, marginalização e espoliação do povo brasileiro, seja com as reformas da previdência e trabalhista, com o congelamento dos gastos públicos por 20 anos ou com o desmonte de politicas públicas fundamentais à agricultura familiar, à população quilombola, à reforma agrária e aos povos indígenas. Contra esse conjunto de ações dos usurpadores, a única saída é a luta popular, é a união, mobilização e resistência democrática dos povos e comunidades tradicionais. É preciso ocupar as ruas”, enfatizou Marcelino Galo, recordando que apenas em 2017 o governo Michel Temer, através da renúncia fiscal a grandes empresários, abriu mão de R$ 400 bilhões.
“É um governo usurpador, ilegítimo, essencialmente corrupto, impopular e vergonhoso. Se não aceitamos ele e nenhum direitos a menos, temos que lutar nas ruas, unidos, contra Temer e o que representa seu consórcio de golpistas”, pontuou o parlamentar, que esteve ao lado de lideranças indígenas, como Cacique Babau e Kânhu Pataxó, e de movimentos sociais.
Cerveja Fora Temer é sucesso na Feira do MST
(Por Cida de Oliveira, da RBA)-Água, malte e lúpulo. Nada de cereais não-maltados, como o milho, que geralmente entra na composição das cervejas mais consumidas no país. Assim é a composição da cerveja artesanal Fora Temer. “É puro malte, como toda cerveja que se preza tem de ser”, atesta Viviane Leal Dantas, que produz a bebida na cervejaria artesanal Latinoamericana, no assentamento Maria Lara, em Centenário do Sul, norte do Paraná.
Viviane, que entrou no ramo há dois anos, conta que começou a produzir a Fora Temer logo que o atual presidente assumiu o governo, em 12 de maio do ano passado, resultado do golpe parlamentar que levou à deposição da presidenta Dilma Rousseff. “O protesto bem humorado contra o novo governo foi bem recebido pelos amigos, que postaram nas redes sociais, muitos compartilhamentos. E a marca foi se espalhando”, conta.
Segundo ela, a produção da Fora Temer, limitada a 40 litros por semana, atende à freguesia em busca de um presente diferente, divertido e ao mesmo tempo engajado para amigos e parentes. Ou mesmo para “protesto próprio”. “Há amigos que compraram para levar de presente em viagens a outros estados. Podemos dizer que Fora Temer já chegou a São Paulo, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe.”
A cerveja é sucesso na 2ª Feira Nacional da Reforma Agrária do MST, que termina neste domingo (7), no parque da Água Branca, na zona oeste da capital paulista. Desde a abertura, já foram vendidas mais de 100 garrafas. A marca passará a ser vendida no Armazém do Campo, em São Paulo, ponto de vende de produtos do MST.
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