:: ‘cacau cabruca’
Cabruca vai injetar R$ 3 bilhões na economia regional
O secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eugenio Spengler, participou de um evento sobre a revitalização da Bacia do Rio Cachoeira e confirmou que o governador Jaques Wagner assina no próximo dia 29 o decreto que vai regulamentar o sistema cabruca, dentro da Lei Ambiental da Bahia. A regulamentação vai tipificar a cabruca, tradicional sistema de produção de cacau no sul da Bahia, que alia o cultivo intensivo à conservação ambiental.
Splenger revelou ainda que a projeção inicial de que o manejo de cacau cabruca vai injetar 3 bilhões de reais na economia regional, através da comercialização de madeira.
A classificação da cabruca como sistema agrossilvicultural vai permitir que o produtor realize um manejo de sombra nas plantações, garantindo maior entrada de luz e ampliar a produtividade da lavoura cacaueira.
A Ceplac mantém projeto experimental de produção sustentável no município de Barro Preto, dentro da proposta de Conservação Produtiva do Cacau. Para o superintendente regional da Ceplac, Juvenal Maynart, “a regulamentação do sistema cabruca inicia um novo ciclo no processo produtivo do cacau e resgata o braço economico da atividade com uma visão moderna de diversificação em florestas plantadas com imediata valorizaçao patrimonial imediata, dando capacidade de pagamento e garantia de novas operações de credito e recuperando a r a capacidade de investimento do produtor na recuperação e modernização da lavoura”.
Wagner diz que “decreto da cabruca é inovador”
O governador Jaques Wagner disse nessa segunda-feira (28), na FTC, durante o anúncio de um pacote de obras de pavimentação para Itabuna, que o decreto que vai regulamentar o sistema cabruca, dentro da Lei Ambiental da Bahia, vai ser algo “inovador”. A regulamentação vai permitir tipificar a cabruca, tradicional sistema de produção de cacau no sul da Bahia, que alia o cultivo intensivo à conservação ambiental.
“Estamos trabalhando nisso, negociando com produtores e o pessoal do meio-ambiente. Será algo inovador, que vai permitir o aumento da produção de cacau e garantir a preservação do meio ambiente”, afirmou o governador Jaques Wagner. A classificação da cabruca como sistema agrossilvicultural vai permitir que o o produtor realize um manejo de sombra nas plantações, para permitir maior entrada de luz nas plantações.
Esse é um dos pontos do projeto Conservação Produtiva, modelo de produção sustentável defendido pela Ceplac, que já está em teste no município de Barro Preto. A minuta do decreto da cabruca, elaborada pela Ceplac e produtores regionais, está sob análise da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
Governo e produtores buscam avanços no manejo sustentável do cacau cabruca
Até o final do mês de agosto, o governo do Estado, através da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), deverá publicar decreto disciplinando a questão da retirada de árvores exóticas e madeira caída nas áreas de cabruca, permitindo o manejo sustentável. Foi o que explicou o secretário da Sema, Eugênio Spengler, durante reunião realizada nesta segunda-feira (20), na Secretaria da Agricultura, com o secretário Eduardo Salles; Juvenal Maynart, superintendente da Ceplac na Bahia; Guilherme Pinto, presidente da Associação de Produtores de Cacau da Bahia (APC) e diretor da Faeb.
Também participaram da reunião o superintende de Desenvolvimento da Agropecuária da Seagri (SDA), Raimundo Sampaio, Ednaldo Ribeiro, extensionista da Ceplac, Dan Érico Lobão, engenheiro florestal e pesquisador da Ceplac, e o técnico Demosthenes Carvalho.
Secretário da Agricultura da Bahia defende sustentabilidade do cacau cabruca
A conquista de melhores preços para as amêndoas de cacau produzidas no sistema cabruca, e o manejo sustentável do cacau cabruca, através da utilização de árvores e replantio, são duas das propostas de ações defendidas pelo secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles. “O cacau cabruca foi e é o grande responsável pela conservação do que resta da Mata Atlântica na Bahia, mas precisamos de ações para alcançar a sustentabilidade econômica das fazendas que utilizam esse sistema”, disse Salles, ao participar na manhã desta quinta-feira (24), em Ilhéus, na sede da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira Ceplac, do lançamento de sete cartilhas técnicas voltadas para a agricultura familiar.
Fazendo parte da mesa oficial, ao lado do diretor geral da Ceplac, Helinton José Rocha; José Guilherme Leal, diretor do Sistema de Produção e Sustentabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário do Ministério da Agricultura; Daniel Carrara, superintendente nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), e Guilherme Moura, primeiro vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), representando o presidente João Martins, também presidente em exercício da CNA, Salles explicou que os produtores querem o direito de retirar algumas árvores por ano, repondo-as em número muitas vezes maior. “A exploração florestal sustentável, além do cacau, representa sustentabilidade para os cacauicultores”, avalia o secretário da Agricultura.
Secretário defende em Brasília ações para dar sustentabilidade ao cacau cabruca
O manejo sustentável da floresta e a conquista de melhores preços para a amêndoa do cacau cabruca foram defendidos pelo secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, durante audiência pública promovida nesta quarta-feira (21), pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Salles defendeu ainda modificações na Instrução Normativa 47 do Ministério da Agricultura, mantendo a vistoria do cacau no país exportador; do expurgo, e a incineração da sacaria utilizada no cacau importado.
Conduzida pelo presidente da Comissão de Agricultura, deputado federal Raimundo Matos, a audiência contou com a participação, além do secretário da Agricultura da Bahia, do diretor de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura, Cósan Coutinho; dos deputados Carlos Magno, Paulo Magalhães, Geraldo Simões, Felix Júnior e Zé Silva, dentre outros; do diretor geral da Ceplac, Helinton Rocha; de representantes dos produtores, e da técnica da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) especialista em cacau, Catarina Cotrim. O evento foi organizado para discutir as novas tecnologias para aumentar a produtividade do cacau, a importância socioambiental da cultura e os rumos da importação do fruto, visto que recentemente houve casos de contaminação das cargas que chegaram ao país.
Projeto na Região Cacaueira propõe tombamento de jequitibás
O jequitibá é uma das espécies mais tradicionais da região cacaueira, considerado um verdadeiro tesouro entre os produtores. Tradicionalmente a árvore é encontra em meio ao cultivo do cacau, que na região sul da Bahia é plantado no sistema cabruca, em meio a Mata Atlântica, que visa produzir e preservar o ambiente.
Em virtude disto o Instituto Cabruca em parceria com a Ceplac deu inicio a um trabalho de identificação de Jequitibás centenários, preservados nas fazendas no sul do estado, com o intuito de encontrar os maiores Jequitibás da região e sugerir aos órgãos responsáveis, o tombamento destas árvores como patrimônio histórico, cultural e paisagístico de seus municípios, ao mesmo tempo ampliar as visitas ao local, estimulando o turismo rural.
O projeto teve inicio pelos municípios de Ipiaú e Ubatã, e quando encontradas, as árvores são cadastradas, coletadas as sementes e recebem uma pequena placa de identificação. Um bom exemplo está na Fazenda Segredo, localizada na região da água Branca, zona rural de Ipiaú, que guarda um exemplar com 45 metros e 33 centímetros de altura, 9 metros e 20 centímetros de diâmetro e com aproximadamente 400 anos.
Na Fazenda Boa Lembrança, localizada em Ubatã, que também recebeu a visita do projeto, por lá o Jequitibá é considerado uma árvore de estimação e foi até batizado com o nome de Sandó, em homenagem ao patriarca da propriedade. Sandó, até o momento, está sendo considerado o maior Jequitibá do município com 56 metros de altura e 7 metros e 60 centímetros de diâmetro.
Além da beleza exuberante de um jequitibá, estudos recentes associam a presença desta árvore somente em solos que são ricos em nutrientes, ou seja, que são bons para a cacauicultura. Para valorizar a preservação das árvores nas propriedades, o Instituto Cabruca, anunciou um concurso que premiará a fazenda que preservar o maior Jequitibá do sul da Bahia. (fonte: site Mercado do Cacau)