:: ‘Bônus Demográfico e os Desafios da Diversidade e Interculturalidade na Educação’
Bônus Demográfico e os Desafios da Diversidade e Interculturalidade na Educação
Paulo Gabriel Soledade Nacif
Com a queda da taxa de fecundidade nas últimas décadas, a base da pirâmide demográfica do Brasil está se estreitando. Atualmente o topo ainda está pequeno, a maior parte da população é composta pela população economicamente ativa, pois há poucos idosos e jovens dependentes. Assim, desde 1995 até 2050 o Brasil teve e terá a maior parte da sua população em idade produtiva. Essa atual dinâmica demográfica constitui-se numa janela histórica que se estenderá até o ano de 2050 (com maiores efeitos até 2035) e é considerada uma oportunidade ímpar para o Brasil se transformar num país mais rico e mais justo. Após 2050 teremos um decréscimo relativo da população economicamente ativa.
Independente de outras providências estratégicas para aproveitar essa oportunidade temporal, denominada pelos especialistas de “bônus demográfico”, a educação é um componente obrigatório nesse processo. Caso o Brasil não aproveite essa oportunidade, será ainda mais difícil resolver nossos problemas históricos relacionados à produtividade do trabalho que se associam à necessidade de aumento dos anos de escolaridade da população. De forma dual, o Brasil precisa dispensar uma atenção especial à questão da diversidade da sua população, pois as desigualdades educacionais históricas que acompanham categorias significativas da nossa população devem ser imediatamente superadas e, assim, aproveitar plenamente nosso bônus demográfico.
A mudança demográfica em curso no Brasil lança um desafio imenso à nossa geração, afinal, cabe a nós criarmos as condições educacionais que caracterizará o Brasil em 2050.
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