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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Biologia’

Sistema nervoso e câncer: novos conceitos na biologia dos tumores

alex birbrair

Por Milena Tutumi, no labnetwork

Um grupo de pesquisadores do Departamento de Patologia da Universidade Federal de Minas Gerais mostrou que o desenvolvimento de alguns tumores cancerígenos está relacionado ao sistema nervoso periférico. Coordenada pelo biomédico Alexander Birbrair e fomentado pelo Instituto Serrapilheira, a pesquisa revelou células associadas aos nervos que exercem um papel ativo e importante no desenvolvimento do câncer. A partir dessa descoberta, buscarão estabelecer métodos inibidores do desenvolvimento da doença, criar terapias mais eficientes e com menos efeitos colaterais.

alex birbrair 2Há cerca de um ano em andamento, inicialmente, o estudo trabalhou com tumores de próstata, mas também foram analisados os tumores de mama e de pele, tanto de modelos experimentais pré-clínicos (camundongos) como também em biópsias humanas. As células de Schwann, que estão diretamente associadas aos nervos exercendo a função de suas protetoras, são as grandes protagonistas dessa pesquisa. Os pesquisadores descobriram que, além dessas células estarem presentes nos tumores elas atuam diretamente no seu desenvolvimento: “Conforme o tumor cresce, as células de Schwann se desassociam dos nervos e se aproximam dos vasos sanguíneos, trabalhando para impedir o crescimento do tumor”, explica Birbrair. Para entender melhor essa questão, células de Schwann estão sendo injetadas dentro dos tumores para bloquear a progressão tumoral. O objetivo é criar novas terapias para contenção da doença, de modo menos invasivo, na contramão das terapias convencionais como quimioterapia e radioterapia, que invariavelmente também resultam em danos a partes saudáveis do organismo.

Outra revelação do estudo foi a detecção da presença de vários tipos de nervos dentro dos tumores: “Os nervos não estão ali passivos, têm funções proativas dentro dos tumores, afetando o seu desenvolvimento. Descobrimos tanto nervos simpáticos, parassimpáticos, como nervos sensoriais”, comenta o pesquisador.

 

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Jovem de Vitória da Conquista é a primeira com Síndrome de Down a concluir curso de nível superior na Bahia

Amanda: exemplo de superação

“Sonhar é preciso. É só acreditar que um dia o sonho se transforma em realidade”. Este é um dos trechos da mensagem do convite de formatura de Amanda Amaral Lopes, de 24 anos, a primeira pessoa com Síndrome de Down da Bahia a concluir um curso de nível superior. Superando preconceitos e com o apoio da família, a jovem venceu mais uma etapa e colará grau nesta quinta-feira, 23, em Vitória da Conquista.

Amanda, que será diplomada em Biologia pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), já faz planos para o futuro. “O que quero é atuar na área de pesquisa científica, me especializar em genética”. Determinada e bastante focada na sua profissão, a jovem promete alçar voos mais altos: “Sonho em trabalhar com Zan Mustacchi”, revela, referindo-se a um dos médicos geneticistas mais reconhecidos no Brasil e que atende pacientes com down há mais de 30 anos.

Amanda não é a primeira pessoa com Síndrome de Down a concluir um curso de nível superior no país. No ano passado, o paulista João Vitor, de 26 anos, colou grau no curso de Licenciatura em Educação Física, em Curitiba, e em 2009 ele concluiu o bacharelado na mesma área. “Hoje, depois de tanta luta, podemos comemorar e deixar para trás muitos ‘nãos’ e, além de tudo, superamos o preconceito”, disse à época a mãe do jovem, a secretária Roseli Mancini.

Preconceito – Pessoas como Amanda e João Vitor ainda sofrem muitos preconceitos e enfrentam inúmeros obstáculos no processo de inclusão na sociedade. Na Bahia, a Serdown, associação que reúne pais de pessoas com down, trabalha justamente no sentido de promover meios que facilitem o desenvolvimento destas pessoas para a sua inclusão na sociedade.

Pai da garota Júlia, de 8 anos, que tem down, o auditor José Raimundo Mota, um dos diretores da associação, salienta que a sociedade não pode mais enxergar a Síndrome de Down como uma doença. “O preconceito é histórico. As pessoas com down devem ser vistas como outras tantas que se vê nas ruas, nos shoppings, nos parques”.

A filha de Mota, por exemplo, pratica atividades típicas de uma garota da idade dela. Faz capoeira, natação, balé, além de estudar em uma escola tradicional de Salvador. “Tudo isso possibilitou que as pessoas entendessem que ela é uma criança capaz como as outras. Também não abrimos mão da educação em escola regular”, conta.

Amanda, a futura bióloga, que também já sofreu e ainda sofre preconceitos, diz que o importante é nunca desistir de seus objetivos. “Se você ouvir um não, deve sempre seguir em frente”. É sinal de que outras brilhantes conquistas ainda estão por vir.





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