:: ‘Barack Obama’
Bloqueio dos EUA a Cuba sofre golpe histórico na ONU
Com o apoio de 191 dos 193 países membros da ONU e duas abstenções, a Assembléia Geral aprovou hoje uma nova resolução que exige o suspensão do bloqueio dos Estados Unidos a Cuba. A novidade neste ano foi as abstenções dos Estados Unidos e seu fiel aliado Israel que sempre votaram contra nas 24 sessões anteriores. Alguns minutos antes do voto, a representante permanente norte-americana, Samantha Power, adiantou a inédita postura de Washington, seguida de aplausos.
Power admitiu a condenação esmagadora ao bloqueio e o fracasso dessa política, e manifestou expectativas de que a mudança de posição na Assembleia ajude na melhoria das relações bilaterais.
A iniciativa adotada apela ao respeito no planeta aos princípios e propósitos da Carta da ONU, que estabelecem a solução pacífica de controvérsias, a amizade e a cooperação entre os países, o respeito à soberania e a não ingerência nos assuntos internos.
Além disso reflete a preocupação pelo componente extraterritorial do bloqueio – aplicado mediante a Lei Helms-Burton (1996) – e o impacto das sanções no povo cubano e sua vigência, apesar da rejeição da comunidade mundial.
O texto reconhece os progressos nas relações entre Havana e Washington, a visita do presidente norte-americano, Barack Obama, a Cuba e sua vontade de trabalhar pela eliminação do bloqueio, um assunto que passa pelo Congresso, ao se converter em lei em 1996 com a citada Helms-Burton.
Na segunda de suas duas páginas, a resolução solicita aos países a abster-se de promulgar medidas contrárias à Carta das Nações Unidas, e a aboli-las o mais rápido possível, em caso de executá-las.
Pelo segundo ano consecutivo, a votação na Assembleia Geral transcorreu em um cenário diferente, depois da retomada de vínculos diplomáticos entre Havana e Washington, em julho de 2015, e o reconhecimento por Obama da necessidade de eliminar o cerco.
No entanto, Cuba, na voz de seu chanceler Bruno Rodríguez, e vários países recordaram durante a sessão que o cerco econômico, comercial e financeiro, bem como seu componente extraterritorial, seguem em plena aplicação.
Rodríguez reconheceu os avanços nas relações, mas enfaizou que o povo cubano e seu desenvolvimento continuam sob o impacto do bloqueio.
Em sua intervenção, o diplomata assinalou também que a abstenção de Washington seguramente ajudará na melhoria dos vínculos, ainda que tenha reiterado que devem julgar-se os atos e não as palavras, e estes demonstram a vigência das unilaterais sanções.
Brasileiros pedem que Sérgio Moro investigue se presidente americano foi sequestrado por comunistas cubanos
(do Blog Sensacionalista)- Um grupo de brasileiros acampados em barracas na avenida Paulista fez uma manifestação, hoje no início da tarde, pedindo que o juiz Sérgio Moro investigue se o presidente dos Estados Unidos foi sequestrado por comunistas cubanos.
“Eu passei na frente de uma televisão e vi o mister president perfilado na frente de um retrato do assassino Che Guevara e achei logo se tratar de uma execução em paredão”, diz Bob Thomaz, ator desempregado. “Ele sorria, mas tenho certeza de que estava sob a mira de armas.”
Com faixas de “United States We Will Helper You Judge Moro Come To Miami”, os manifestantes gritaram palavras de ordem e exigiram a liberação imediata do presidente.
“Isso é uma afronta ao American Way of Life. Comunistas safados, neonazistas, esquerdopatas tomaram controle do Air Force One com ajuda de radares russos instalados no Amapá com ajuda do Lula e desviaram para Havana. Agora só o herói Sérgio Moro poderá salvar o planeta”, completou.
Raúl Castro recebe Obama no Palácio da Revolução em Havana
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi recebido nesta segunda-feira (21) pelo presidente cubano, Raúl Castro, no Palácio da Revolução, em Havana, para uma reunião que é considerada o ponto alto da visita do presidente americano à ilha comunista.
No encontro, Obama pretendia pressionar Castro por reformas econômicas e democráticas e ouvir reclamações sobre as sanções americanas ao país. O presidente cubano já deixou claro que não está disposto a negociar nenhuma mudança em sua política a pedido ou por pressão dos Estados Unidos, seu adversário por mais de meio século, segundo a France Presse.
Pouco antes, o presidente norte-americano participou de uma cerimônia na emblemática Praça da Revolução e depositou uma coroa de flores na frente da estátua do herói independentista José Martí, na mesma praça onde há também uma imagem de Ernesto Che Guevara.
O secretário de Estado americano, John Kerry, destacou esse “momento histórico” e o que significou “ter ouvido os dois hinos juntos, em Havana, com o presidente dos Estados Unidos”, segundo a France Presse.
Obama faz a primeira viagem em 88 anos de um presidente dos EUA a Cuba.
“Vim a Havana estender minha mão amistosa ao povo cubano”, afirmou o presidente Barack Obama nesta segunda-feira em sua página no Facebook, onde também publicou algumas fotos feitas durante seu passeio com a esposa Michelle e suas filhas por Habana Vieja.
“Estou aqui para enterrar o último vestígio da Guerra Fria na América e para construir uma nova era de entendimento que ajude a melhorar a vida dos cubanos”, afirmou. “É uma honra ser o primeiro presidente dos Estados Unidos em quase 90 anos a visitar um país e um povo que ficam apenas a 170 km de nosso litoral”, acrescenta o texto.
“Como muitos americanos, só conheci o isolamento que houve entre nossos governos. Nasci em 1961, quando houve a invasão da Baía dos Porcos. Um ano mais tarde, o confronto da Guerra Fria com Cuba colocou o mundo à beira da guerra nuclear”, recordou.
“Com a passagem dos anos, os desencontros entre nossos governos causaram sofrimento a nossos dois povos, incluindo os cubanos-americanos, muitos dos quais passaram décadas separados de seu país de nascimento e de suas famílias”, acrescentou. (do G1)
Obama chega a Havana e quer ´conhecer os cubanos`
O presidente norte-americano, Barack Obama, desembarcou no fim da tarde de ontem (20) em Havana. Com a chegada à ilha, ele torna-se o primeiro líder dos Estados Unidos a visitar Cuba nos últimos 88 anos.
O Air Force One, avião presidencial norte-americano, aterrissou cerca de 16h15, horário local (17h15, em Brasília) no aeroporto Jose Martí, nome do pai da independência da antiga colônia espanhola. Ao pousar, ele mostrou-se ansioso para conhecer o povo cubano.
Numa curta mensagem em seu perfil no Twitter, divulgada pouco depois de aterrissar, Obama escreveu em espanhol, usando uma expressão popular para perguntar como estão os cubanos (“Que bolá Cuba?”), e disse estar “ansioso para conhecer e ouvir diretamente o povo cubano”.
Barack Obama tornou-se hoje o primeiro presidente norte-americano, depois de Calvin Coolidge em 1928, a visitar Cuba, procurando acabar com décadas de animosidade relacionada à Guerra Fria. Com informações das agências Brasil e Lusa.
Obama confirma visita a Cuba em março
(Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira, 18, que viajará para Cuba em 21 e 22 de março e terá um encontro com o presidente cubano, Raúl Castro, em uma visita para “fazer avançar nossos progressos e esforços que podem ajudar as vidas dos cubanos”.
Em uma publicação no Twitter, Obama disse que, apesar de os EUA ainda terem diferenças com Cuba, os países já fizeram progresso significativo ao normalizar os laços.
Os Estados Unidos e os “tiranos democráticos”
Valter Xéu*
A Arábia Saudita pede para que a Rússia cesse os bombardeios contra os terroristas na Síria, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos, acusam a Rússia de bombardear ‘outros’ terroristas treinados e armados por eles para derrubar o Presidente sírio Bashar Al Assad.
Por outro lado, o mundo pede para que a Arábia Saudita cesse a invasão ao Iêmen e com os ataques aéreos que têm vitimado a população civil em grande proporção.
Os Estados Unidos, com seus drones no Oriente Médio, lançam, diariamente, bombas contra escolas, hospitais, mercados e ate mesmo festas de casamentos na Síria, sempre alegando se tratar de ataques a bases terroristas. Os mesmos terroristas que eles armaram e treinaram, desde o início da crise, para espalhar o terror na Síria, no Iraque e em toda a região do Oriente Médio.
Israel, que pinta e borda na região do Oriente Médio, onde é raro o dia em que não pratique um atentado contra o povo palestino, também está a reclamar da Rússia e com razão, pois os sionistas prestam todo tipo de apoio aos psicopatas e insanos membros do Exercito Islâmico.
No seu discurso na 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu, vociferou contra o acordo nuclear do Irã com as potencias ocidentais. Disse o assassino primeiro ministro (assassina diariamente centenas de palestinos, não importando até se forem mulheres e crianças e as cadeias de Israel estão superlotadas de jovens palestinos sem nenhuma acusação formal) que tal acordo não trará paz.
O que temos certeza, é que enquanto o mundo não assumir uma posição forte contra Israel, a paz na região dificilmente acontecerá, pois o plano expansionista dos sionistas é ocupar os territórios dos países vizinhos, através do incentivo da criação de novos assentamentos judaicos, escudadas pelo seu vasto arsenal nuclear, para o qual o mundo faz vista grossa, enquanto pune o Irã, com sanções econômicas, por desenvolver energia nuclear para fins pacíficos.
Para o tresloucado mandatário israelense, o Irã além de desenvolver armas atômicas, apoia grupos terroristas nos países da região, coisa que o Mossad e a CIA, fazem com maestria, em conjunto com o Estado Islâmico, e que a mídia, por estratégia, por conveniência ou por falta de visão sobre quem é quem no Oriente Médio, esconde tal fato.
O curioso é que a mídia-empresa ocidental nada publica sobre o arsenal nuclear israelense que é o quinto maior arsenal nuclear do planeta. E a AIEA – Agencia Internacional de Energia Atômica, órgão ligado a ONU, não tem permissão para inspecionar as instalações nucleares israelenses. Aliás, quando se trata de armas de destruição em massa, podemos dizer que Israel é detentora de todos os tipos, tanto as já mencionadas nucleares, quanto as químicas e biológicas. Israel é a ameaça real à região do Oriente Médio.
O mundo sabe disso, a mídia também, muito embora, descaradamente, omita. Quanto ao Irã, manchetes e mais manchetes são publicadas diariamente. O país não possui armas nucleares, porém desenvolve um programa nuclear para fins pacíficos, assinou um acordo com os americanos e Obama saiu falando que ‘o mundo respirava aliviado’.
Enquanto isso, não se tece nenhum comentário sobre o fato de Israel ser detentora de mais de duzentos artefatos nucleares.
O “tirano” Assad
No Brasil e no mundo é comum a mídia se referir a Assad com tirano, ditador e adjetivos similares, enquanto um dos regimes mais sanguinários do planeta, comandado há mais de um século pela família real saudita, não recebe nenhuma crítica. Os governantes da Arábia Saudita não têm nenhuma noção de democracia, não respeitam os direitos humanos essenciais e ainda tratam as mulheres dentro de um regime tribal de cerceamento de direitos elementares, tais como ir e vir, trabalhar, votar e até mesmo dirigir automóveis.
Obama chamou Assad de tirano mas se alia aos ditadores da região, por serem ‘amigos dos Estados Unidos’. O fato de ser ‘amigo dos Estados Unidos’ confere à estes países algum ‘selo de democracia’?
Como bem disse Michael Hudson, em artigo assinado dia 29 passado, no Counterpunch, “Democracia” existe onde a CIA derrube Mossadegh, no Irã, para lá instalar o Xá. “Democracia” há onde os EUA patrocinem os Talibãs contra a Rússia, para derrubar o governo secular do Afeganistão. “Democracia” há na Ucrânia do golpe para pôr no poder “Yats” e Poroshenko. “Democracia” é os EUA instalando Pinochet no governo do Chile. Democráticos, só “os nossos felás-da-puta”, como disse Lyndon Johnson referindo-se aos ditadores que a política externa dos EUA instalou no poder na América Latina.
(*) Valter Xéu é jornalista e editor de Pátria Latina e Irã News
Obama e Raul Castro defendem fim do embargo a Cuba
(da Agência Lusa)- O presidente norte-americano, Barack Obama, reuniu-se hoje (29) com o presidente cubano, Raúl Castro, em Nova York, paralelamente à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde os dois defenderam a suspensão do embargo a Cuba.
Sorridentes, eles deram um aperto de mão no início da reunião, na sede da ONU. Foi o segundo encontro depois do de abril, no Panamá, durante a Cúpula das Américas.
Os Estados Unidos e Cuba iniciaram em dezembro de 2014 uma aproximação, acabando com mais de meio século de tensões herdadas da guerra fria. As relações diplomáticas foram restabelecidas em julho. O presidente cubano, de 84 anos, exigiu na ONU o fim do embargo econômico norte-americano imposto ao seu país há mais de 50 anos, afirmando que esse embargo é prejudicial “aos interesses dos cidadãos e das empresas norte-americanas”.
Os Estados Unidos aliviaram as restrições comerciais sobre Cuba, sem acabar com o embargo. Obama é a favor da medida, mas a oposição no Congresso, onde os republicanos são maioria, continua contra a aproximação com Cuba.
“A mudança em Cuba não ocorrerá da noite para o dia, mas estou confiante de que a abertura favorecerá as reformas e melhorará a vida dos cubanos”, disse o presidente norte-americano nessa segunda-feira, em discurso na Assembleia Geral da ONU.
Barack Obama e Raul Castro discutem relação EUA-Cuba
O presidente dos Estado Unidos, Barack Obama, e o presidente de Cuba, Raúl Castro, vão realizar a primeira reunião formal, na amanhã (29), desde a reaproximação diplomática, em julho. O encontro, que foi oficialmente anunciado neste domingo, terá todas as formalidades exigidas em uma reunião diplomática, incluindo o hasteamento das bandeiras de ambos os países. Obama e Castro anunciaram a reaproximação diplomática em dezembro do ano passado.
Desde então, o presidente norte-americano vem tomando medidas para aliviar embargos comerciais e de viagens entre os dois países, incluindo a permissão para que empresas dos EUA abram escritórios na ilha. O governo Obama ainda vai tomar medidas adicionais para afrouxar os bloqueios nos próximos meses, segundo informações oficiais. Ainda assim, o Congresso deve tomar medidas para suspender o embargo – o que é pouco provável que aconteça antes do fim do mandato de Obama, que vem enfrentando a resistência dos republicanos.
Cuba e EUA terão embaixadas ainda em maio
O presidente cubano, Raúl Castro, afirmou nesta terça-feira que o diálogo com os Estados Unidos vai bem, razão pela qual os dois países poderão designar embaixadores depois que Washington retirar Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo, em 29 de maio.
“Em 45 dias, completados no dia 29 de maio, será levantada (…) esta acusação e poderemos ter, nomear os embaixadores”, destacou Castro em alusão ao prazo legal que deve ser cumprido nos Estados Unidos para que o presidente Barack Obama possa eliminar Cuba desta lista.
“Vai bem, é claro em nosso ritmo”, acrescentou em alusão ao processo de aproximação com os Estados Unidos, o velho inimigo da Guerra Fria, iniciado em dezembro.
Havana e Washington realizaram três reuniões sobre o restabelecimento de relações diplomáticas, interrompidas em 1961, mas Cuba exigiu ser retirada da lista negra terrorista dos Estados Unidos antes da reabertura de embaixadas.
“Com isso (a nomeação de embaixadores), estendemos relações, mas normalizar as relações já é outro tema, (já que para isso) é preciso eliminar o bloqueio completo (em vigor desde 1962) e a base (americana) de Guantánamo deve ser devolvida”, declarou Castro à imprensa depois de se despedir no aeroporto de Havana do presidente francês, François Hollande.
Castro destacou que Washington e Havana estão agora discutindo alguns temas pendentes para reabrir as embaixadas, e mencionou, entre eles, as restrições de movimento dos funcionários diplomáticos. (do UOL)