:: ‘baianos’
Rui parabeniza baianos pelo 2 de Julho: “nosso povo seguirá dando exemplo para o Brasil”
Mais de 20 artistas baianos selecionados para exposição que estimula reflexão sobre o Nordeste
“A Nordeste de que?”, a provocação do artista cearense Yuri Firmeza foi o que motivou a exposição À Nordeste, que o Sesc 24 de Maio, em São Paulo, recebe entre 15 de maio e 25 de agosto. Com curadoria de Bitu Cassundé, Clarissa Diniz e Marcelo Campos, À Nordeste reúne um conjunto de 343 trabalhos, de diversas linguagens e suportes, do barro aos memes, criações singulares de 160 artistas, quase todos nordestinos, mas não exclusivamente. Artistas de contextos e linguagens diversas, mas com um ponto em comum: uma produção pulsante, que problematiza os imaginários que se tem acerca do Nordeste. A crase em À Nordeste surge como elemento desafiador do estereótipo regionalista, pois evita o artigo definido — e, com ele, uma identidade unívoca — de “o Nordeste”.
“Com esse conjunto riquíssimo, diverso e heterogêneo de obras e artistas, não temos qualquer pretensão em apresentar ao público o que é o Nordeste hoje, mas, sim, o que é estar à Nordeste. Sob essa perspectiva, lançamos luz sobre jogos políticos e estéticos, marcados por contraposições em relações às hegemonias, centralidades e, inclusive, outras periferias”, afirma Clarissa Diniz. Os curadores revisitaram as nove capitais nordestinas e várias cidades do interior. “Iniciamos essas viagens e visitas a campo no segundo semestre do último ano, em pleno processo eleitoral. Neste período, o Nordeste vivenciou um momento um tanto quanto singular, revigorante, de contraposição a uma ideia de Brasil que acabou prevalecendo naquele contexto”, pontua Diniz. “Pudemos ver um Brasil em transformação, a partir de um Nordeste de muitas lutas, mobilizações e reivindicações em torno de suas questões”, completa Bitu Cassundé.
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