WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia
hanna thame fisioterapia animal

prefeitura itabuna sesab bahia shopping jequitiba livros do thame




Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

abril 2024
D S T Q Q S S
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930  


:: ‘“21 obras do século 21”’

Série “21 obras do século 21” (11): “The Rosetta Vase” (2011), de Grayson Perry

11_the rosetta vase

Oscar D’Ambrosio

O calendário cristão teve início no ano 1 depois de Cristo porque não houve o ano zero. Portanto, o século 21 não começou em 2000, mas em 2001. As décadas, em consequência, começam no ano 1 de cada uma delas. Esta série vai enfocar brevemente 21 obras de arte do século 21, de 2001 a 2021.

O artista e escritor inglês Grayson Perry (1960) apresenta em seus trabalhos um questionamento sobre toda a mecânica que envolve conceitos do universo da criação artística e do mercado de arte. “The Rosetta Vase” (2011), título que cita a Pedra de Rosetta, crucial para a compreensão dos hieróglifos egípcios, é o principal exemplo.

Seu vaso de cerâmica de 78,5 cm de altura e 35 kg, com desenhos pintados em azul sobre fundo amarelo, utiliza uma linguagem geralmente associada ao belo e ao comportado para gerar provocações. As imagens incluem, por exemplo, uma árvore com a inscrição “Story of the World”’, brincando com a série de rádio da BBC “A History of the World in 100 Objects”.

O título do vaso ironiza a Pedra de Roseta original, indicando que o vaso pode estabelecer um marco para uma nova visão do sistema de arte. Há ainda na obra o diagrama de um corpo humano, inspirado em um tratado islâmico medieval. Acima dele, Perry escreve jocosamente “O Artista” e, em suas entranhas, coloca palavras como “Celebridade” e “Vaidade”.

oscar 2

Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.

Serie “21 obras do século 21” (8): “Figure by a Pool” (2008 – 2012), de Peter Doig

8 - Peter-Doig

Oscar D’Ambrosio

 

O calendário cristão teve início no ano 1 depois de Cristo porque não houve o ano zero. Portanto, o século 21 não começou em 2000, mas em 2001. As décadas, em consequência, começam no ano 1 de cada uma delas. Esta série vai enfocar brevemente 21 obras de arte do século 21, de 2001 a 2021.

O escocês Peter Doig (1959) representa bem algumas das principais questões da arte contemporânea. Dos 3 aos 7 anos, o artista viveu em Trinidad e Tobago, mudando-se com os pais para o Canadá, onde ficou até os 20 anos. Essa formação diferenciada se reflete em algumas imagens, que retomam elementos desses períodos.

O seu estilo discute a relação entre o ser humano e a natureza. Na pintura “Figure by a Pool” (2008-2012), a figura central caminha, ao centro do quadro, enquanto, na parte superior, surge um conjunto que evoca uma vegetação. O uso da cor também é bastante peculiar, havendo áreas bem intensas e definidas, e outras, mais diluídas.

Surge uma atmosfera misteriosa. De onde vem e para onde vai o ser representado na imagem? Trata-se de um flagrante de calma aparente vinculada a um instante silencioso e denso em que segmentos retos de pintura se conectam a elementos orgânicos. Há realismo e magia em uma imagem em que bosque, pessoa e piscina se tornam artística e oniricamente instigantes.

oscar 2

Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.

Serie “21 obras do século 21” (3): “The Weather Project” (2003), de Olafur Eliasson

3 - 2003_Olafur Eliasson

Oscar D’Ambrosio

O calendário cristão teve início no ano 1 depois de Cristo porque não houve o ano zero. Portanto, o século 21 não começou em 2000, mas em 2001. As décadas, em consequência, começam no ano 1 de cada uma delas. Esta série vai enfocar brevemente 21 obras de arte do século 21, de 2001 a 2021.

Artista dinamarquês que trabalha com grandes instalações em que utiliza luz, água, espelhos e temperatura do ar para gerar experiências sensoriais, Olafur Eliasson (1967), em “The Weather Project”, realizado, em 2003, no Turbine Hall, na Tate Gallery, em Londres, questiona conceitos de experiência coletiva, mediação de público e representação do chamado real.

A instalação apresenta uma névoa artificial que se dissipa no espaço perante uma gigante forma circular composta por centenas de lâmpadas de mono frequência, que emitem luz que permite visualizar somente o amarelo e o preto. É criada assim uma paisagem em que os frequentadores do espaço tinham a percepção mediada apenas por essas duas cores.

O ponto de partida da obra é a prevalência do clima no início das conversas cotidianas, algo já apontado pelo escritor do século XVIII Samuel Johnson. O sol e céu são trazidos para dentro do museu, que ainda oferecia a oportunidade de o público visitar a estrutura elétrica e as máquinas que viabilizavam a exposição, um complexo e fascinante projeto multidisciplinar.

oscar 2

Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.

 





WebtivaHOSTING // webtiva.com.br . Webdesign da Bahia