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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘20021’

Chegamos ao fim de 2021. O que você fez? Renascem as nossas esperanças outra vez.

Efson Lima

efson limaO ano de 2021 começou impondo alguns desafios. A vacinação para COVID-19 no Brasil era um sonho. A aliviada na pandemia de COVID -19 surpreendeu todos na sequência, as imagens que eram transmitidas de Manaus causavam náuseas nos brasileiros que possuem algum sentimento de respeito pelo ser humano. A falta de oxigênio que é abundante na natureza não conseguia ser processado pelo organismo. Para outros restavam a indiferença. A caminhada só estava começando. As vacinas começaram a ser aprovados no país, iniciavam as fraudes provocadas por alguns que furavam a fila, falsificavam vacinas… na caminhada, os brasileiros precisaram superar as discórdias oficiais e os mitos da vacina que poderiam transformar humanos em jacaré ao serem tomadas. O Brasil passou a ter o seu primeiro genocida denunciado no Tribunal Penal Internacional.

A flexibilização com um ar de liberdade começou lentamente atingir as cidades. As pessoas começaram a circular em maior número nas praças, nas ruas, nas lojas, bares, praias… o novo normal se apresentou para nós. As máscaras permanecem. O ano se apresentou com desafios diários. Mas tivemos que caminhar.

Nas letras, registramos as escolhas de Fernanda Montenegro e Gilberto Gil para Academia Brasileira de Letras; Maria Bethânia foi eleita para Academia de Letras da Bahia. Na Academia de Letras de Itabuna, perdemos Sônia Maron. As artes em Itabuna ficaram sem o sorriso em forma de rosa. Em Ilhéus, Gumercindo Dórea partiu para o plano superior. A literatura científica perdeu seu forte defensor. O Festival Literário Sul – Bahia se manteve virtualmente. Ele trouxe a força da diversidade e da mulher. Alcançou outros lugares. Misturou jovens e idosos. No plano nacional, a música perdeu o protesto de Marília Mendonça. O país chorou a morte de quem promovia empoderamento feminino por meio da música. Ela foi e continuará sendo resistência. Não adianta pedir para o ano passar “de pressa”. Ele segue o relógio do sobrenatural. E o ano ainda não havia acabado. Reservava mais dores, talvez, aprendizados. Afinal, aprendemos todos os dias.

Para nós do sul da Bahia, as enchentes que varreram as cidades de Itabuna, Ilhéus, Itajuípe, Itapé e tantas outras fez nos lembrar da Cheia de 1967. Para alguns, a de 1967 foi a maior. Para mim, a de 2021 trouxe impactos imensuráveis para nossa região. Vamos levar anos para se recuperar. Itabuna viu seu comércio forte derreter em poucas horas. Itapé registou mais de 5 mil pessoas desabrigadas e desalojadas. A Bahia quase toda foi impactada. Tornou-se a nossa maior tragédia natural. A indiferença do atual gestor do Governo Central se confirma como uma prática oficial. Ainda nem falamos do impacto na agricultura.

A sociedade civil respondeu à indiferença. Chegam toneladas de alimentos, água e medicamentos são solicitados. O Governo do Estado da Bahia tem articulado ações para enfrentar o desastre natural. As mortes infelizmente são registradas. E o número de pessoas que teve suas casas e móveis perdidos não para de subir. O Sul da Bahia não mais esquecerá do Natal de 2021.

O ano de 2021 ficará marcado na memória de cada brasileiro. As incertezas econômicas, a forma de como determinadas pessoas conduzem a coisa pública causa constrangimento em quem votou e em quem não votou em determinados agentes públicos. A inflação não para de subir. Ficamos mais pobres em 2021. Milhões de brasileiros foram impactados. As filas de osso e as pessoas comendo restos lançados ao lixo ganharam as páginas dos jornais, as redes sociais e os noticiários televisivos. Não que nunca tivemos pessoas em situação de vulnerabilidade, mas que agora alcançou um número sem precedente. O Brasil voltou para o mapa da fome.

Enfim, chegamos ao fim de 2021. É o que você fez? Reflita você mesmo. A certeza é que vão renascer as nossas esperanças outra vez. Que bom. A esperança não pode desaparecer de dentro de nós e em hipótese alguma podemos desestimular que os outros percam essa chama poderosa de colocar todos em ação. Portanto, esperamos renascer em 2022 com coisas boas, muita paz e prosperidade. Que a solidariedade continue sendo a nossa marca. Que a arte não solte nossas mãos. A arte é o alicerce da vida humana. É fuga para as nossas dores e reflexão para os nossos pesadelos diários, mas de forma leve.

Efson Lima – doutor e mestre em direito/UFBA. Membro da Academia Grapiúna de Letras. Professor universitário. Advogado e escritor. efsonlima@gmail.com

 





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