Cerca de 520 pessoas foram desalojadas em Itabuna pelas intensas chuvas que elevaram em até nove metros na Vila de Itamaracá o nível Rio Cachoeira e seus afluentes. A maioria está abrigada, preventivamente, em escolas da rede municipal de ensino onde recebem assistência médica, prestada pelos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, acolhimento, alimentação e materiais de higiene fornecidos ela Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPS).

No Bairro Mangabinha, estão com desalojados as escolas João Mangabinha Filho e São Paulo da Cruz (Alto da Lua); Fátima, o CISO II; Jardim Primavera, CAIC Jorge Amado; Ferradas, Lourival Oliveira Soares, Floripedes Menezes, Creche Raimundo Jerônimo Machado, Creche Elzo Pinho de Magalhães; e Urbis IV, Maria Creuza. Além da entrega de todos os insumos necessários neste momento como alimentação, houve a distribuição de mais de 400 colchões, cobertores e material de limpeza.

Desde a manhã deste sábado, dia 3, equipes de saúde prestam assistência aos abrigados. Médico, enfermeiros, técnicos de enfermagem e psicólogos, servidores das vigilâncias Sanitária, Epidemiológica e Ambiental também estão em campo para serviços que incluem consultas e medicações, teste Covid-19 em sintomáticos respiratórios para isolar nos abrigos, quem positivar. A Fundação Marimbeta segue auxiliando no fornecimento de 1.500 pães através de produção própria, 500 quentinhas e 200 cachorros quentes.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Kaique Brito, foram registrados 250 milímetros na bacia do Rio Piabanha, na área da Vila de Itamaracá. Na bacia hidrográfica do Rio Cachoeira, nos rios Salgado e Colônia, entre 65 mm 80 milímetros, respectivamente. No acumulado, Itabuna alcançou 242,5 mm, mas a previsão de chuvas na região continua, de acordo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN).

Baronesas

A Prefeitura de Itabuna mantém equipes de prontidão na Superintendência de Serviços Públicos, da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo e a Defesa Civil monitora os pontos de alagamentos, com a imediata desobstrução de redes pluviais, e o nível do Rio Cachoeira que baixou um metro em sua calha na área central da cidade, depois de chegar a 6,5 metros obrigando à interdição da Ponte Miguel Calmon. Hoje, a Ponte Lacerda de acesso ao São Caetano também foi fechada pelo grande volume de baronesas acumuladas à jusante.

Por determinação do prefeito Augusto Castro, a Superintendência de Serviços Públicos destinou frota de caçambas, caminhões, escavadeiras e retroescavadeiras para atender as necessidades da população, particularmente dos bairros da zona oeste, a exemplo do Nova Itabuna, Maria Matos (Rua de Palha), Ferradas e Nova Ferradas.

Cerca de 160 homens foram distribuídos nas zonas afetadas, sendo 80 para limpeza urbana e apoio aos afetados; 40 para realizar a limpeza de drenagem seja de bueiros, caixas e pavimentação; 40 para operação de máquinas e veículos (caçambas e caminhões). Também estão sendo usadas 25 máquinas, equipamentos e/ou veículos.

O diretor de Obras da Superintendência de Serviços Públicos, Franklin Pereira dos Santos, explica que os trabalhos seguem num ritmo intenso mesmo sob as fortes chuvas que têm atingido a cidade desde o final da tarde do dia 1º. “Em alguns casos, os alagamentos têm ocorrido pelo grande volume de águas pluviais e não pela sujeira de bueiros. “Aliado à essa ação continuamos limpando os canais de macrodrenagem. Neste momento duas equipes fazendo esse trabalho nos canais dos bairros Novo São Caetano e Vila Anália”, informa.