O professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), Gabriel Nascimento, lançou seu quarto livro, O Rio do Sangue dos Meninos Pretos ,  na sede da Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD), no Centro Histórico, em Salvador. Com narrativa novelesca, o romance aborda questões atuais como o racismo ambiental e traz para o protagonismo a cultura e identidades do sul da Bahia.

Gabriel com a deputada Olivia Santana

Com entrada franca, a noite de autógrafos foi rodeada de amigas, amigos, integrantes da SPD, imprensa, professores e escritores. “Foi um dia muito emocionante para mim, de muitos reencontros e de trocas também. No livro, trato do genocídio do nosso povo negro, mas com uma linguagem fluida e numa narrativa que dá conta de personagens muito profundas”, comemora o autor.

Na história, o rio é vermelho e cresce a cada ano – o que assusta a personagem principal, TioZito. Curioso, ele pergunta a um mais velho sobre qual seria o nome daquele rio. O mais velho, que fala que o nome do rio [O rio do sangue dos meninos pretos], aparece morto. Essa é a largada da história de fuga e investigação de TioZito, que é acompanhado de duas mulheres: Rita de Cássia e Maria Raimunda.

O evento de lançamento contou com o patrocínio da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás), apoio da SPD e assinatura da Amo Produções e Lopes Comunicação Associativista. Os exemplares podem ser adquiridos pelo site da editora: editoraletramento.com.br.

 

Gabriel com Luiz Gavzazza, da Bahiagás

Gabriel Nascimento

O escritor e linguista, Gabriel Nascimento, acumula o título de mestre em Linguística Aplicada pela Universidade de Brasília (UnB) e é graduado em Letras/Inglês-Português pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). É sócio da Latin American Studies Association (LASA), Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB) e, em 2019, publicou pela mesma editora [Letramento] o livro “Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo”.

FOTOS: Rafael Lopes