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Itabuna, vésperas das eleições de 1996 em Itabuna. A Justiça  manda apreender a edição do jornal A Região, numa censura previa típica dos anos de chumbo da ditadura militar. Um caminhão da Polícia Militar, com policiais fortemente armados, para na entrada da gráfica numa atitude ameaçadora. Manuel Leal, calmamente, entrega alguns pacotes com jornais. Bons de truculência e ruins de conta, os  policiais não percebem que a quantidade de jornais entregue era mínima.

Durante a madrugada, milhares de exemplares da edição que deveria estar apreendida são distribuídos nos bairros e no centro de Itabuna.

Nas eleições de 2000, a ameaça de apreensão se repetiu, já que quase sempre há um magistrado zeloso à disposição dos poderosos de plantão. Como macaco velho olha o galho antes de se agarrar, na penúltima edição antes do pleito, foi publicada uma nota no alto da página, informando aos leitores que o jornal só voltaria a circular com o resultado do pleito, na segunda-feira.

A Justiça baixou a guarda e o jornal circulou normalmente, no sábado.

 

Panfletário como sempre, antes de se ´endireitar` de vez uma década depois.