Em junho de 2022, a produção industrial (transformação e extrativa mineral) da Bahia, em comparação com igual mês do ano anterior, assinalou aumento de 11,9%, o segundo maior resultado do País. Frente ao mês imediatamente anterior, ajustada sazonalmente, registrou aumento com taxa de 2,4%, quinta taxa positiva consecutiva, após ter avançado 3,1% e 0,4% em abril e maio. No primeiro semestre de 2022, o setor industrial acumulou taxa positiva de 9,4% e no indicador acumulado dos últimos 12 meses, houve declínio de 2,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, autarquia da Secretaria do Planejamento.
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Na comparação de junho de 2022 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou aumento de 11,9%, com seis das 12 atividades pesquisadas assinalando avanço da produção. O setor de Derivados de petróleo (53,8%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de óleo diesel, óleo combustível e parafina. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Celulose, papel e produtos de papel (10,4%), Produtos químicos (4,4%), Couro, artigos para viagem e calçados (4,6%), Minerais não metálicos (0,6%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,4%). Por sua vez, o segmento de Metalurgia (-36,6%) registrou a maior contribuição negativa, devido à queda na produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e fios de cobre refinado ou de ligas de cobre. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos alimentícios (-10,4%), Extrativa (-15,7%), Produtos de borracha e de material plástico (-11,3%), Bebidas (-7,1%) e Veículos (-2,5%).

No acumulado de janeiro a junho de 2022, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou aumento de 9,4%. Cinco dos 12 segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para Derivados de petróleo (56,2%), influenciado, em grande medida, pela maior fabricação de óleo diesel, óleo combustível e gasolina. Vale citar ainda os crescimentos em Couro, artigos para viagem e calçados (4,8%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (88,4%), Minerais não metálicos (4,2%) e Celulose, papel e produtos de papel (0,3%). Por outro lado, o segmento de Metalurgia (-40,8%) contribuiu negativamente para o desempenho da indústria no período, impulsionado pela menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre, de ligas de cobre, fios de cobre refinado ou ligas de cobre e ferrocromo. Importante ressaltar, também, os resultados negativos assinalados por Extrativas (-14,3%), Produtos alimentícios (-5,7%), Borracha e material plástico (-10,5%), Bebidas (-5,7%), Produtos químicos (-0,5%) e Veículos (-13,2%).

 

A queda no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de -0,5%, na comparação entre junho de 2022 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhada por cinco dos 14 estados pesquisados, destacando-se as principais taxas negativas assinaladas por Rio de Janeiro (-4,0%), Minas Gerais (-3,8%) e Pará (-3,6%). Por outro lado, Mato Grosso (18,8%), Bahia (11,9%) e Paraná (7,3%) registraram as maiores variações nesse mês.

 

 

Análise trimestral

 

No segundo trimestre de 2022, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana assinalou avanço de 19,7%, repetindo o resultado positivo observado no primeiro trimestre de 2022, quando a taxa foi de 0,6%. Destacam-se os avanços dos setores de Derivados de petróleo, que passou de 20,9% para 53,4%; Equipamentos de informática, de 90,9% para 80,6%, e Minerais não metálicos, de 2,1% para 3,3%. Por sua vez, houve recuos em Produtos químicos, de 0,1% para -0,8%; e Alimentos, que passou de 0,0% para -1,7%.