A solenidade de inauguração realizada nas instalações próprias do Campus Jorge Amado da UFSB na sexta-feira (06) contou com a presença da comunidade universitária local e autoridades municipais, estaduais e federais. O evento foi definido pelo sentimento de início de nova etapa para a instituição, com a primeira estrutura própria pronta para uso pela comunidade acadêmica, em área cedida pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC).

A cerimônia aconteceu ao ar livre, em frente ao Núcleo Pedagógico do campus. A reitora e a decana do CFPPTS, professora Sílvia Kimo, que projetou a estrutura junto do professor Joel Felipe, apresentam aos convidados mais detalhes dos prédios inaugurados e das soluções de sustentabilidade que foram instaladas. Logo em seguida, a reitora e o ministro descerraram as placas do edifício.

Dentre os convidados a compor a mesa de honra ao lado da reitora, professora Joana Angélica Guimarães da Luz, estiveram o ministro da Educação, Victor Godoy; o deputado federal João Roma; o secretário de Educação Superior (SESu/ MEC), Wagner Vilas Boas; o reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Fábio Josué dos Santos; o reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Alessandro de Santana; o superintendente da Coordenação Executiva de Programas e Projetos da Educação do Estado da Bahia, Marcius Gomes; o prefeito de Itabuna, Augusto Castro; o coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Felipe Moraes; a decana do Centro de Formação em Políticas Públicas e Tecnologias Sociais (CFPPTS/UFSB), professora Silvia Kimo; a diretora de Infraestrutura da UFSB, Lívia Berti Sanjuan Farias; a coordenadora-geral de Pesquisa e Inovação da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), Lucimara Chiari; o presidente da Associação dos Municípios da Região Cacaueira da Bahia (AMURC), Vinicius Inbrann Oliveira.

Nos discursos, revindicações e agradecimentos. O coordenador do DCE, Felipe Moraes, falou sobre a necessidade de mais investimentos na universidade para consolidar a instituição. Já o deputado João Roma destacou o diálogo com a reitoria da UFSB e atenção para com as demandas da instituição no período em que foi ministro da Cidadania. Roma defendeu mais investimentos na Bahia e na CEPLAC, afirmando que o estado “não é problema para o Brasil, mas solução”.

Em sua fala, a reitora Joana Angélica agradeceu a diversas pessoas e instituições que marcam o histórico da chegada da UFSB à região, desde os primeiros momentos. Agradeceu especialmente à AMURC, pelo acolhimento da equipe inicial de instalação da universidade e contínua colaboração, e a Juvenal Maynart, parceiro da instituição de primeira hora e importante na interlocução com a CEPLAC. A boa relação com as universidade estaduais, a exemplo da UESC, foi também destacada pela professora Joana.

A equipe de servidores da UFSB recebeu reconhecimento especial da reitora, que citou o compromisso social, a competência e a garra como marcas dos profissionais da instituição. A gestora afirmou que as obras inauguradas naquele momento eram as primeiras de muitas, e que se sentia muito feliz ao entregar aquela estrutura à sociedade do Sul da Bahia, com muito orgulho do serviço público. A reitora mencionou também os diferenciais tecnológicos dos prédios próprios, afirmando que a produção institucional deve ser ampliada na infraestrutura própria. A professora Joana Angélica finalizou seu discurso citando trecho da letra de “Prelúdio”, de Raul Seixas, ao ressaltar que os sonhos compartilhados tornaram-se realidade em proveito da região Sul da Bahia.

O discurso da reitora Joana Angélica Guimarães foi, de longe, o mais aplaudido da tarde. Dedicou boa parte dele a agradecimentos, enfatizando a parceria que viabilizou o terreno do Campus Jorge Amado. “Não poderia esquecer o senhor *Juvenal Maynart*, que, como superintendente da Ceplac, com sua sensibilidade e empenho, tornou possível a cessão desse espaço em que hoje nos instalamos. Em seu nome, gostaria de agradecer a toda a comunidade da Ceplac, que tem sido parceira da UFSB desde a sua chegada”.

O ministro da Educação, Victor Godoy, destacou o valor da aprendizagem e mencionou os impactos da pandemia de covid nas comunidades escolares. Godoy afirmou que importantes desafios estão postos para o Brasil, como aprimorar a qualidade dos sistemas educacionais e promover a recuperação da aprendizagem dos estudantes afetados pela pandemia. Nesse sentido, ele anunciou uma política nacional de recuperação de aprendizagens com base em diagnósticos realizados pelo MEC. Após apresentar números de investimentos do Governo Federal, o ministro celebrou a inauguração do equipamento próprio da UFSB, que agora poderá  reunir alunos e servidores para potencializar suas ações. Ao destacar a Educação como a única forma de fazer o Brasil avançar e agradeceu à professora Joana e à comunidade acadêmica: “Se hoje estamos aqui é por conta do trabalho da senhora e de todos os servidores”.

Tecnologia, sustentabilidade e novas obras

Os projetos do Núcleo Pedagógico (NP) e do Núcleo de Vivência e Gestão Acadêmica (NVGA) contam com aprimoramentos que melhoram o conforto da comunidade e permitem aproveitar melhor os recursos naturais. O desenho arquitetônico, com mais janelas e portas e corredores externos, favorece a ventilação cruzada e a interação com a paisagem do entorno do campus. Painéis fotovoltaicos vão permitir gerar energia a partir da luz solar, ao passo que as instalações elétricas estão preparadas para economizar eletricidade, além dos recursos para amenizar o calor típico da Bahia.

A diretora de Infraestrutura da Pró-reitoria de Planejamento e Administração (DINFRA/PROPA), Lívia Berti Sanjuan Farias, destaca que a expectativa é de contribuir para a redução de consumo de água e energia elétrica com os sistemas e soluções presentes nas edificações. Conforme ela, o Campus Jorge Amado tem capacidade de geração de 466.056,7 kWh, o que corresponde a uma economia anual em torno de R$ 160 mil com eletricidade. Quanto à economia do consumo de água, espera-se reduzir em ao menos metade o consumo usual.

Com isso, Lívia diz que a DINFRA deve continuar com os esforços para concluir os Núcleos Pedagógicos do Campus Sosígenes Costa, em Porto Seguro, e do Campus Paulo Freire, em Teixeira de Freitas, antes de iniciar outras obras no CJA. As obras estão em diferentes estágios: o Núcleo Pedagógico do Campus Paulo Freire tem previsão de conclusão em setembro deste ano, com 90% dos serviços já executados. Já os trabalhos na construção do Núcleo Pedagógico em Porto Seguro estão paralisados e aguardando recursos para a retomada da obra.

(Fotos: Malu Silva Carvalho/ACS)