Veronica Valuá é uma cantautora, atriz e jornalista hispano-brasileira (espanhola da Galícia e baiana de Salvador) reconhecida pela sua força interpretativa e pelas composições que posicionam o feminino enquanto entidade e o amor como prioridade. Seja em castellano ou em português, Valúa canta o Amor. Importante dizer que, até o momento, trata-se de uma artista independente.

Desde muito nova, iniciou sua carreira de cantora/compositora na Bahia, trabalhando ao lado de nomes da música baiana como Carlinhos Brown com apenas 16 anos de idade, no projeto Camarote Andante.

Nas palavras do maestro Letieres Leite “Veronica Valois tem o vírus de uma coisa diferente! (…) A primeira impressão que tive é que ela é conectada com a essência da música cigana-espanhola, de que ela entendeu o espírito (profundo), e que ela agora, tem o grande desafio de misturar essa potência musical com a potência da música brasileira”.

Já, Socorro Lira, compositora e pesquisadora cultural paraibana (criadora do projeto Cores do Atlântico) a definiu como uma artista que “desenvolve música urbana de poética refinada) e Carlinhos Brown indicou: “Veronica Valois é um novo valor a ser apostado”.

Residente na Espanha, entre os anos 2006 e 2013, a artista soteropolitana de origem espanhola se tornou figura musical frequente nas noites “compostelana”, “madrilenha” e “catalana”. Pubs consgrados como Las Vegas (La Coruña), La Borriquita de Belem (Santiago de Compostela), El Rincon del Arte Nuevo (Madrid), e El Arco de la Virgen (Barcelona) a receberam por duradouras temporadas.

Durante esse período, realizou turnês pela penísula ibérica: cidades como Lisboa e O Porto também se transformaram em palcos recorrentes para a cantora. A sua estadia na Espanha conta com encontros com reconhecidos artistas da Galicia: Uxía Senlle, Carlos Blanco, Sergio Tannus, Ugia Pedreira, Xoan Curiel, Pablo Vidal, Fred Martins, Paulo Silva e Sergio Sales.
Desde que retornou ao Brasil, Veronica Valois se destaca no cenário paulistano pela visceralidade de sua voz e presença cênica. Como atriz participou de montagens importantes como o antológico musical Dzi Croquettes sob direção de Ciro Barcelos e ao lado de atores como Bruno Gissoni e Filippe Ribeiro; Morte e Vida Severina sob direção de Marco Antonio Rodrigues; Revolução dos Beatos sob direção de Dagoberto Feliz e Hamlet sob direção de Nando Rodrigues.

Valuá se apresentou entre 2015 e 2017 pelo Brasil com o projeto dramático-musical Todo Mundo Quer Amor, nome também do seu primeiro dvd que mescla versões e autorais.

Além disso, realizou uma temporada de shows importante no Paris 6 Burlesque em São Paulo, com o projeto carnavalesco Mamãe Sacode e também como convidada da cantora Luciana Mello.

Valuá faz questão de escolher as canções que interpreta, sejam elas versões ou autorais, por letras que exaltem o feminino enquanto entidade e que afirmem o amor como grito de sobrevivencia em tempos de retrocesos profundos nos entornos político, social e humanitário. Sua personalidade vocal é marcada por gritos que clamam por delicadeza e sussuros potentes e melódicos. É dessas artistas que jamais passam desapercebidas ou ficam em cima do muro.

Definitivamente sua arte é política e popular.
Um dos seus objetivos é estabelecer uma ponte entre o Brasil e a América Latina, através da fusão de ritmos brasileiros e hispânicos e da difusão do castellano por meio de suas canções que sempre contam com versões em português e espanhol.

A cantautora, traz na sua música referências que fusionam esses dois universos com a influência de artistas como Chavela Vargas, Concha Buika, Mercedes Sosa, Joaquín Sabina, Bebe, Manu Chao, Chico Buarque, Carlinhos Brown, Elis Regina, Maria Bethânia, Daniela Mercury, entre outros.

Recentemente, realizou a live Benditas no seu instagram @veronicavalois, ao lado do violonista Ricardo Markis e sob direção de Ricardo Castro, para angariar fundos para seu próximo projeto intitulado “Não Posso Parar”. Trata-se de um retorno aos palcos e à estrada depois de um tempo afastada em função da pandemia e por estar se dedicando ao ofício de jornalista.