ana l (2)Anna Livia Ribeiro

Uma palestra que gerou uma matéria em uma revista que gerou um bate-papo na TV Cacau que gerou uma coluna neste blog.

ana l (1)O fotógrafo ilheuense, memorialista, autor do livro Minha Ilhéus, José Nazal Soub, amplia a discussão da condição de Ilhéus enquanto cidade turística. Não tem formação nem capacitação técnica na área, mas valida sua fala na experiência, sobretudo no olhar atento do registro cotidiano e o conhecimento que tem sobre a cidade.

É fácil transitar pelas ruas de Ilhéus ou até mesmo em conversas amenas e ouvir as pessoas dizendo que Ilhéus tem potencial. A sensação é de que esse discurso saiu do comum e se normalizou. Ilhéus é Potência ou tem Potencial Turístico? A partir desse questionamento iniciamos nossa conversa.

foto de Guerrinha extraída do Facebook Memória Visual de Ilhéus

foto de Guerrinha extraída do Facebook Memória Visual de Ilhéus

Para Nazal, Ilhéus é potência turística e falar de turismo na cidade sem homenagear e citar Rubens Souza Guerra, mais conhecido como Guerrinha, é uma injustiça ímpar. Segundo ele foi a primeira pessoa que tentou levar de forma profissional Ilhéus para quem aqui vinha visitar. Jorge Amado é outra pessoa que está ligada diretamente ao turismo na cidade, pois foi através da obra Jorge amadiana que Ilhéus ficou conhecida mundialmente.

Nazal enfatiza que Ilhéus tem todas as qualidades e elementos que confirmam a sua condição de Potência Turística: Beleza Natural (Rio do Engenho, Lagoa Encantada, Parque Marinho, Parque da Boa Esperança, entre outros); tem História, Patrimônio Cultural Material e Imaterial – dos costumes, das tradições (Carnavais Antigos, Festas de São João, Bumba Meu Boi, Terno de Reis, Festa do Divino em Olivença – que se perderam – e a Puxada do Mastro que se descaracterizou ao longo do tempo; 100 km de costa e 70km de praia; já foi epicentro de novelas; as Fazendas de Cacau; Estrada do Chocolate; turismo de pesca, náutico (que necessitam ser calendarizados); turismo de eventos para além dos que já acontecem na cidade a exemplo do Festival do Chocolate, Festa Literária, Festival Gastronômico Mico Leão – que geram emprego direto e indireto, mas precisa atrair eventos externos melhorando os equipamentos existentes: Centro de Convenções, Concha Acústica, entre outros.

Por tudo isso Ilhéus é uma Potência Turística.

ana l (4)Outro elemento importante de acordo com o próprio Nazal é “Conhecer, amar: Você só ama o que você conhece. Se você não conhece a cidade, a sua rua, a história do seu bairro, como é que vai gostar, cuidar?”

Nesse sentido, José Nazal, convida os ilheuenses a conhecerem os monumentos históricos, a literatura existente, os atrativos da cidade. Fazer um tour com a família pelo Centro Histórico – “Estamos pisando em um chão que é traçado colonial. Nós temos quatro sítios coloniais: a igreja Matriz de São Jorge, Nossa Senhora da Vitória, Nossa Senhora da Escada e Senhora Sant’ana.” A estudar e pesquisar a História de Ilhéus dentro do espaço escolar ofertando uma linguagem condizente às faixas etárias e chama atenção no sentido dos cidadãos auxiliarem os visitantes informando sobre os costumes, o que comer, beber, um fato folclórico, uma curiosidade…

Conhecer e ocupar os lugares da cidade gera pertencimento uma vez que o conceito de lugar está relacionado à nossa identidade, com o qual criamos vínculos e demonstramos o quanto esse lugar é importante para nós. Conhecer, estudar o lugar onde nascemos e vivemos significa compreender as relações que ali acontecem, o lugar como espaço vivido e construído ao longo do dia a dia pelos indivíduos e por seus interesses.

Conheça Ilhéus, ame Ilhéus!

Seja Turista em sua própria cidade!

Anna Lívia Ribeiro é ilheuense, Mãe, Avó, Pedagoga, Especialista em Educação Infantil, Mestra em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Graduanda em Gestão de Turismo, Agente de Viagens.

@viadestinoviagens @viagemturismopacotes