Birbrair: políticas públicas devem ser elaboradas com base em evidências científicas, visando ao bem comum Foca Lisboa | UFMG

Birbrair: políticas públicas devem ser elaboradas com base em evidências científicas, visando ao bem comum
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O professor Alexander Birbrair, do Departamento de Patologia do Instituto de Ciencias Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG, acaba de ser eleito membro afiliado da The World Academy of Sciences (Twas), por período de cinco anos.

Com sede em Trieste, na Itália, a Twas é uma das mais conceituadas academias de ciências no mundo. Congrega pesquisadores de 70 países, que integram sociedades científicas de todo o planeta. Seu principal objetivo é promover capacitação e excelência científica em âmbito global, mas principalmente em países em desenvolvimento.

A eleição do professor é justificada pela alta produtividade em sua área de estudo e por sua contribuição alinhada com a missão da instituição. Para Birbrair, sua admissão representa uma oportunidade para interagir com importantes cientistas de outros países. “Ciência não se faz sozinho”, ressalta.

Birbrair, que fez graduação em Biomedicina pela Universidade Estadual de Santa Cruz- Uesc  lembra que os cientistas reunidos na Academia, em colaboração internacional, devem contribuir para a formulação de políticas públicas, com base em evidências científicas. “Se essas políticas forem definidas apenas pela ideia de algumas pessoas ou grupos, correm o risco de não servirem ao bem comum”, observa.

Entre outras atribuições, os membros da Twas devem buscar novos pesquisadores para interação e fornecer feedback sobre como a Academia pode responder às necessidades de jovens cientistas. Os eleitos terão suas biografias publicadas em um cadastro anual de afiliados. A Twas admite pesquisadores com 40 anos ou menos de idade, com histórico de excelência e que tenham morado e trabalhado em um país em desenvolvimento nos últimos três anos.

O desafio da divulgação
Como destaca Birbrair, um dos objetivos da Academia é estimular os pesquisadores a liderar equipes, gerir pessoas e ideias e divulgar suas pesquisas para a imprensa e o público leigo. “Isso é cada vez mais necessário na carreira de pesquisador. Trata-se, portanto, de um desafio a enfrentar”, afirma.

O professor conta que, recentemente, participou de atividades de treinamento em divulgação científica e liderança. “A divulgação também deve fazer parte de nossa rotina. O público leigo é o contribuinte das nossas pesquisas e precisa conhecer a sua finalidade”, sustenta.

Alexander Birbrair é biomédico (2009) formado pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e doutor (2014) em Neurociência pela Wake Forest University, com estágio pós-doutoral (2016) em biologia celular realizado na Albert Einstein College of Medicine, de Nova York.

É membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Global Young Academy. Lidera grupo de pesquisa que explora os papéis de populações de células específicas no microambiente dos tecidos. Suas pesquisas são financiadas pelo Instituto Serrapilheira, CNPq, Capes e Fapemig.

 

 

(Matheus Espíndola, no www.ufmg.br)