ufsbA equipe do Comitê Emergencial de Crise para Pandemia de Covid-19 da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) divulgou a 40ª edição do Boletim do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia. O documento analisa a disseminação do novo coronavírus nos municípios-sede e que abrigam a Rede Anísio Teixeira de Colégios Universitários (CUNI) da UFSB: Coaraci, Eunápolis, Ibicaraí, Ilhéus, Itabuna, Itamaraju, Nova Viçosa, Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Teixeira de Freitas e reforça dicas de prevenção para os membros das comunidades internas e externas à UFSB. Os dados e análises se referem ao período entre 24 de julho e 06 de agosto de 2021.

 Situação Regional

Do total de 1.200.275 pessoas que se infectaram e 25.907 pessoas que morreram por Covid na Bahia até 06/08/2021, 13,8% dos casos (166.109 pessoas, Taxa de Ataque de 10.199,9 casos/100.000 habitantes) e 13,7% dos óbitos (3.555 pessoas, com Coeficiente de Mortalidade de 218,3 óbitos/100.000 habitantes e Taxa de Letalidade de 2,1%) são de residentes na Região Geográfica Intermediária de Ilhéus-Itabuna (que detém 10,9% da população estadual), onde a UFSB tem suas unidades acadêmicas e/ou colégios universitários. A Taxa de Reprodução efetiva do vírus foi estimada em 0,76 para essa região no dia 06/08.

Pode-se observar desaceleração da epidemia na Região Geográfica Intermediária de Ilhéus/Itabuna, com queda de -48,0% no número de casos (média de 145 casos/dia ou 8,9 casos/100.000 hab./dia) e de -17,0% no número de óbitos (média de 5,2 óbitos/dia ou 0,32 óbitos/100.000 habitantes/dia) nas duas últimas semanas em relação às duas anteriores.

A Região Geográfica Intermediária de Ilhéus-Itabuna – uma das dez regiões intermediárias do estado da Bahia e uma das 134 regiões intermediárias do Brasil – é conformada por quatro Regiões Imediatas (Ilhéus-Itabuna, Camacan, Eunápolis-Porto Seguro e Teixeira de Freitas) e por 51 municípios com população estimada em 1.628.536 pessoas distribuídas em um território de 47.401,517 Km². A UFSB tem unidade acadêmica e/ou colégio universitário em três dessas quatro regiões imediatas: Ilhéus-Itabuna, Eunápolis-Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

Veja mais informações no boletim.

 

 Recomendações

A boa notícia desta edição é que foi verificada queda de incidência de casos e óbitos por Covid-19 no Brasil, na Bahia e em nossa Região. Entretanto, a pandemia ainda não acabou e o elevado patamar de risco de transmissão do vírus Sars-CoV-2 pode ser agravado pela maior transmissibilidade da nova variante Delta, o que demanda a combinação de vacinação com o uso de máscaras, além de campanhas e busca ativa de casos e contactantes.

Em nossa Região, merece atenção das autoridades sanitárias a situação observada em: 1) Ilhéus, onde o risco de morrer por Covid-19 (0,49 óbitos/100.000 habitantes/dia) nas duas últimas semanas foi superior à média do Brasil (0,45 óbitos/100.000 habitantes/dia); 2) Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Itamaraju, que registraram aumento de óbitos por Covid-19 nas duas últimas semanas na comparação com as duas semanas imediatamente anteriores; 3) Teixeira de Freitas, cujo coeficiente de incidência (19,48 casos/100.000 habitantes/dia) foi superior à média do Brasil (16,07 casos/100.000 habitantes/dia) nas duas últimas semanas.


Neste sentido, RECOMENDA-SE:


 AOS GOVERNOS: transparência na divulgação das informações relativas à epidemia e à capacidade do SUS de atendimento; conscientizar as pessoas sobre a importância da higiene das mãos e das medidas de distanciamento social; incentivar o uso de máscaras; preparar o SUS, com reforço às redes de testagem; identificar precocemente os casos e fazer isolamentos localizados; implementar boas medidas de distanciamento, evitando lockdowns extensos  e impacto econômico e psicológico); calibrar a suspensão dessas medidas; que se mantenha a Taxa de Ocupação de Leitos abaixo de 70%; e a intensificação da vacinação.

  AOS MÉDICOS: a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) não indica tratamento farmacológico precoce para COVID-19 (nem cloroquina, nem  hidroxicloroquina, nem ivermectina, nem azitromicina, nem nitazoxanida, nem corticoide, nem zinco, nem vitaminas, nem anticoagulante, nem ozônio por via retal, nem dióxido de cloro), apenas medicamentos sintomáticos, como analgésicos e antitérmicos (paracetamol e/ou dipirona);

  A TODOS OS INDIVÍDUOS: uso de máscara; distanciamento físico de 1,5m ou 1,8m; higienização das mãos; não participar de aglomeração; manter ambientes ventilados/arejados; paciente com sintomas “gripais” deve ficar em isolamento e colher PCR nasal; vacinar-se quando chegar sua vez, completando o esquema vacinal (duas doses ou dose única).