:: 28/jun/2020 . 20:10
Ilheus comemora 486 anos com Live Solidaria
Mesmo com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Prefeitura celebrou os 486 anos de fundação da cidade com a Live Solidária Viva Ilhéus, iniciativa proposta para angariar alimentos em prol da classe artística e de comunidades em situação de vulnerabilidade socioeconômica do município. A comemoração foi transmitida neste domingo (28), no canal oficial da Prefeitura de Ilhéus, no YouTube. O prefeito Mário Alexandre expressou o contentamento em ter promovido mais uma edição do Viva Ilhéus, que fomenta e valoriza a cultura local.
“O evento se transformou em uma rede de solidariedade. Embora o momento seja desafiador, vamos atravessar essa crise com a força do trabalho, que sempre impulsionou o desenvolvimento da nossa cidade. Agradeço a todos que além de prestigiar o talento dos nossos artistas, fizeram suas doações. Ilhéus completa 486 anos, mas hoje os parabéns vão para cada cidadão, que faz a cidade ser admirada. Continuarei lutando diuturnamente para que nossa terra seja referência na Bahia e no Brasil”.
CARTA ABERTA AOS BRASILEIROS
Nota de Repúdio
Diante de mais uma atitude desavisada e irresponsável do atual presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Sr. Marco Vinicius de Carvalho, nós, familiares de mortos desaparecidos políticos do Brasil, vimos a público para expor o que se segue:
Repudiamos rigorosamente a postura descabida do acima referido presidente, indicado pela ministra de Estado, Damares Alves, ao emitir parecer sobre um processo já deferido anteriormente, buscando argumentar e opinando pelo seu indeferimento, enquanto relator, na última reunião virtual dessa Comissão, no dia 26 de junho de 2020. O citado presidente/relator se refere às vítimas da ditadura como pessoas que “se julgam ter sido atingidas pelo regime”, afirmando que eram “cooptadas por ditadores de esquerda”.
Ao mesmo tempo, apoiamos incondicionalmente a rápida e precisa resposta da companheira Diva Santana, que nos representa na referida Comissão: “Presidente, não ‘me julgo’ atingida, não. Eu e minha família ‘fomos’ atingidos. Minha irmã foi executada de joelhos e nem sei onde seu corpo está até hoje. Minha irmã não foi cooptada, tinha ideias próprias”. E concluiu: “Desrespeitou a mim e a todas as famílias”.
Marco Carvalho pediu desculpas, que não foram aceitas por Diva: “Não desculpo, nem peço desculpas”.
Nós também não! Porque não aceitamos o desmonte que está sendo executado contra a Comissão da Anistia e a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos, entre outros absurdos, como indeferir processos deferidos anteriormente por ilustres presidentes que já passaram pela Comissão. Esse conjunto de arbitrariedades que estão sendo praticadas por esse (des) governo que defende torturadores, além de afirmar que “a Ditadura matou pouco, tinha que ter matado muito mais”, é crime de lesa pátria, lesa humanidade. Descaradamente um desrespeito a todos os brasileiros que lutaram pela Democracia e foram torturados e mortos pelos agentes do golpe de 1964. Está claro que o Sr. Marco Carvalho e todos os que estão hoje no poder querem o fim da Lei 9.140/95, único instrumento que possibilita o esclarecimento sobre os desaparecimentos de pessoas por motivos políticos, além do reconhecimento pela UNIÃO, em reparar as famílias pelas mortes dos seus parentes, ocasionadas pelo regime militar.
Familiares de Desaparecidos Políticos Durante a Ditadura Civil Militar do Brasil.
Brasil, 27 de junho de 2020.
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