Juraci Masiero Pozzobon

A  imaginação das máquinas de Godá

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Rodrigo Godá, nascido em Goiânia, leva guardada sua adolescência, suas lembranças do artesanato brasileiro, desde a arte indígena, as festas populares, folia de reis, as cavalgadas e também não sai de sua mente os tecidos coloridos pela sua mãe.

Em toda essa passagem mora com ele todos seus trabalhos, no hábito observador por onde passar vê máquinas engenhosas, plantas e animais… “Requer que seja visto em conjunto, tudo ali reunido. A natureza, a vida urbana, todos com seus dilemas, suas angústias e vem também a esperança que permeia meu trabalho”. Também “posso dizer que labuto em cima dessa busca de identidade desde os primeiros experimentos gráficos, o que permite meu processo criativo”. Rodrigo Godá.

Goda 2

Rodrigo Godá é um artista dedicado a arte, com vasta imaginação do lúdico da sua maneira de brincar configurando o mundo da arte, e com o lírico com a poesia é o modo de falar mais comum, que são duas coisas: a arte que ensina e a obra feita com arte onde deixa o apreciador entrar na sua vida cotidiana.

Também o desenho um pouco despojado na sua pratica artística de liberdade.

Godá tem trabalhos diversificados, como pintura, desenhos feitos com uso de canetas de tinta preta sobre tela os desenhos de maneira chapada. Seus traços ora fina, ora espessa, que a espessura e o espaço irão dar o sombreamento no colorido ou na cor preta, ele faz seus trabalhos de uma maneira peculiar.

O artista quer na verdade, é trazer o domínio do invisível, com a intervenção de uma máquina maluca que prova a imaginação da arte contemporânea, onde o homem enfrentou a industrialização que está incomodando o mundo.

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A ironia aparece nos desenhos de Godá, que demonstra insatisfação, como exemplo “A máquina que produz floresta”. “A máquina que produz nuvens coloridas”, a que produz árvore, entendendo que ele busca um sentido de recuperar com esses aparelhos mundanos inundados por natureza.

“Diz Rodrigo Godá” “ Na composição das cenas, todo esse conjunto, fica semelhante as rendas e bordados”. Também diz, “A pintura dá uma possibilidade maior de vibração das cores, mais gosto do desenho, pois tenho maior domínio sobre o trabalho”.

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 Juraci Masiero Pozzobon, Bacharel em Artes plásticas na UNIC – Cuiabá, Graduada em Ensino da Arte pela FASIPE e Arte Terapia pela Cândido Mendes, RJ. Doutoranda em Epistemologia e História da Ciência pela Instituição Iesla/UNTREF – Buenos Aires, Argentina.