Foto Eloi Correa GOVBA2A partir da constatação da dificuldade dos estudantes com cálculos que envolvem as operações básicas de matemática, o professor da rede estadual de ensino, Humberto Lima, que leciona a disciplina no Colégio Estadual Filadélfia, em Salvador, decidiu implantar o Projeto Tabuada para mudar essa realidade.

Foto Eloi Correa GOVBA3Como aliado neste desafio, ele utiliza o celular, ferramenta que caso não seja bem utilizada pode comprometer o rendimento dos alunos. Entretanto, O professor garante que vem conseguindo bons resultados. “Quando eu percebi que meus alunos cometiam erros nas operações básicas busquei uma forma de resolver essa questão”.

De acordo com Humberto, o trabalho consiste no envio de desafios para os grupos do aplicativo WhatsApp que contam com a participação dos alunos. “É uma tabela de estudo dirigido no qual eles irão estudar durante 20 minutos em casa. Metade desse tempo ele dedica ao estudo da tabuada e os minutos restantes um familiar irá fazer uma espécie de sabatina com ele. A intenção é que a família também seja incluída nesse processo. É importante dizer que essa atividade é realizada em casa e quando o estudante estará descansado e mais propício à fixação do conhecimento”, explica.

O Projeto Tabuada foi implantado pela primeira vez em 2015 e agora a atividade foi retomada. Os desafios propostos aos alunos têm duração de um mês, tempo considerado suficiente para fixar o conhecimento sobre as quatro operações básicas de matemática. A participação dos estudantes ocorre de forma voluntária.

O estudante Adalberto Lima é aluno do terceiro ano do ensino médio e participa pela segunda vez do projeto. Para ele, a inciativa é uma ajuda importante. “É muito interessante porque a tabuada é trabalhada no ensino fundamental de forma a nos ensinar a resolver as quatro operações básicas. Eu percebo que durante o processo do ensino médio, muitas vezes ela é esquecida. É muito bom para que a gente desenvolva a fim de resolver as questões básicas e as mais difíceis de forma mais tranquila”.
Aplicativo do projeto

Ainda segundo o professor, a interação dos estudantes é bastante significativa e revela que a melhora das notas dos estudantes atingiu índice médio de 29%. “O estudo não é só na sala de aula e em casa os alunos precisam exercitar. Matemática é disciplina e desta forma eles podem ir longe”.

A expectativa do professor é expandir a iniciativa para outros colégios da rede estadual de ensino. Para isso foi concebido o aplicativo batizado de ‘Sapiem’ que já tem a parte visual pronta e agora aguarda auxílio de um programador para que seja viabilizada a criação. (Fotos: Elói Corrêa/GOVBA)