Eulina Lavigne

 

eulina lavigneDesde os anos 90 leio a respeito de pesquisas que estão sendo realizadas sobre o coração e que muitas coisas serão ressignificadas quando as mesmas forem reveladas.

Em 1998, Paul Pearsaall, Ph.D, especialista em psiconeuroimunologia, e estudioso da relação do cérebro, o sistema imunológico e nossa experiência do mundo exterior, revelou em seu livro A memória das células – a sabedoria e o poder da energia do coração, que o coração é mais do que apenas uma bomba; ele rege a sinfonia celular que é a própria essência do nosso ser.

Segundo ele existe um código do coração, uma energia sutil que ele denominou energia “V”, que está registrado em cada célula do corpo e esta memória é reativada como se a nossa alma nos enviasse informações.

cuorePortanto, o nosso cérebro vai deixar de reinar e perder a sua cadeira cativa, se achando o “rei do pedaço”, que impõe as suas vontades, nos dá ordens, nos apressando, gerando tensões e ansiedades e por vezes nos adoecendo.

Pearsaall nos chama à atenção sobre a guerra existente entre o cérebro e o coração e que é preciso ficarmos atentos e sermos fortes para resistir a tantas manobras que o cérebro vem criando por meio de extensões de si mesmo, como aparelhos celulares, computadores, sistemas rápidos de comunicação. Nós não somos apenas um cérebro. Temos um coração que sente e pensa.

A proposta é aquietar o cérebro e escutar mais o nosso coração. Você já viveu situação em que o seu cérebro lhe dizia a todo momento: “vai, vai que vai dar certo” e o seu coração apertava e lá no fundo você dizia para si que não queria ir? E quando a arrogância e insistência do seu cérebro lhe dominou e você foi e si deu mal? Pois é…..bem assim.

Vamos aprender a escutar mais o nosso coração, ter paciência e parar de se apressar tanto, com medo de perder o bonde? Vá devagar sem perder o seu tempo pois, nestas horas o seu cérebro lhe enche o saco a ponto de você perder a paciência e fazer o que não quer. De não se dar o prazer de pensar de fato no que você quer, no que lhe faz bem e lhe traz conforto.

Pearsall nos aconselha a compreender como o coração poderá estar onde a nossa alma fala e acolher a sua sabedoria tal qual os povos nativos. Não é necessário menosprezar a capacidade do nosso cérebro, inclui-lo é fundamental, assim como é importante considerarmos a sabedoria energético-informativa espiritual do coração ainda pouco utilizada.

Em seu livro Pearssall traz o relato de uma psiquiatra cuja a paciente, uma menininha de oito anos, transplantada de um coração de uma outra menina de dez anos, que foi assassinada. Esta criança após o transplante sonhava recorrentemente com o homem que assassinou a sua doadora e com base nas informações relatadas pela criança a polícia identificou o assassino que foi condenado.

Além deste caso existem diversos relatos de pessoas que tiveram órgãos transplantados e que acessaram informações do doador. São fatos reveladores que nos convidam a parar e escutar as informações que existem dentro de nós e que nos trazem respostas.

O nosso coração precisa ser percebido como uma grande fonte de energia, que perpassa por todo o nosso corpo e é capaz de curar e emitir informações e mensagens de cura a quilômetros de distância. A energia “V”, segundo as pesquisas realizadas, é mais rápida que a velocidade da luz e se propaga em todas as direções, dentro e fora das pessoas e é responsável pelos efeitos “não-locais” de ocorrências como telepatia, cura a distância e poder da oração intercessora.

É preciso ficarmos atentos e resgatar essa nossa fonte de poder sob o risco de interrompermos a nossa vida, pelo uso desnecessário ou excessivo de medicamentos e a busca por soluções rápidas.

Muitas vezes, uma profunda escuta interna nos trará a resposta do que necessariamente precisamos transformar em nossas vidas para que ela seja saudável.