Female worker serving an ice cream to an unrecognizable customer at the ice cream parlorNa estação mais quente do ano, muitos empreendedores estão aproveitando para investir no comércio de sorveteria. Para isso, o Sebrae oferece um estudo detalhado para quem quer montar o seu negócio e obter um diferencial diante dos concorrentes. No Portal do Sebrae, o empreendedor tem acesso a mais de 450 ideias de negócios que dão uma visão geral para apoio na tomada de decisão do futuro empresário.

É grande o consumo de sorvete em todo o Brasil. Em 2016, foram comercializados um bilhão de litros do produto, que não passou imune à crise econômica interna, mostrando queda de 1,3 bilhão de litros, em 2014, para 1,1 bilhão em 2015. O consumo per capta caiu de 5,62 litros, em 2015, para 4,86 litros/ano, em 2016.

Apesar disso, a Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete (Abis) diz que há espaço para o crescimento da comercialização de sorvetes. O Brasil ocupa a sexta posição no ranking mundial de consumo, num mercado liderado pela China, seguido dos Estados Unidos, onde o frio é intenso, o que mostra as possibilidades do país nessa área. No cenário mundial, o Brasil responde por 3,1% do consumo global.

Segundo a consultoria Euromonitor, o mercado de sorvetes brasileiro faturou R$ 14,9 bilhões em 2016. O país tem, atualmente, cerca de 8 mil empresas dedicadas à produção e comercialização de sorvetes, das quais 30% estão em São Paulo. Segundo a Abis, o segmento responde por 75 mil empregos diretos e 200 mil indiretos, estando 90% das empresas enquadradas como micro e pequenos negócios.

Nesse ambiente, inovar virou palavra de ordem para quem deseja permanecer no mercado, o que exige cada vez mais criatividade, empenho da equipe, atenção à concorrência e ao que acontece no mercado, em torno do mundo. No inverno, as sorveterias podem oferecer opcionais de consumo, como chás e cafés especiais. Nas indústrias, a diversificação pode se dar, por exemplo, por meio da fabricação de sobremesas.

As mudanças nos hábitos de consumo estimulam o investimento das sorveterias em novos sabores e combinações, com a valorização de produtos regionais, bem como a exclusão do glúten ou da lactose de toda a produção e novas investidas em produtos orgânicos. A demanda crescente por alimentos de alta qualidade, mais saudáveis e com boa aparência, capaz de agradar ao mais exigente dos paladares, tem inspirado novos negócios, a partir o binômio alimentação/saúde.

Outro fator importante, segundo o gerente adjunto do Sebrae em Ilhéus, Michel Lima, principalmente com a presença das grandes franquias nessa área, é que o empreendedor precisa mais do que nunca buscar se diferenciar. “Essa diferenciação pode ser no visual da loja, nos formatos e sabores de sorvetes, além de pensar em uma estrutura enxuta, que garanta o atendimento de qualidade ao cliente e um preço competitivo, e investir em mídias sociais para promover o seu negócio”, avaliou.