cidaNo próximo dia 8 de agosto (quarta-feira) completa-se dois meses do brutal assassinato da comerciária Maria Aparecida Reis. Cida (foto), como era conhecida, foi baleada e esfaqueada pelo ex-companheiro, Francisco Bento Rodrigues Neto, dentro de um ônibus, na Alameda da Juventude, em Itabuna.

Com o objetivo de lembrar deste e de outros crimes semelhantes, chamando atenção para a necessidade de dar um basta nas mais variadas formas de violência contra as mulheres, será realizada a Marcha Nenhuma A Menos – ato que exige o fim das violências contra as mulheres. A atividade está sendo promovida pela Rede Feminista Grapiúna, organização que agrega diversas entidades. A concentração será a partir das 15h, no Jardim do “O”, em Itabuna.

A morte de Maria Aparecida é um exemplo típico de feminicídio, crime de ódio contra mulheres, também caracterizado por agressões verbais, físicas e psicológicas. Ela estava separada do ex-companheiro, que insistia para que reatassem a relação e fez ameaças à vítima, resultando em queixa policial quatro dias antes do sinistro, o que não o impediu de ceifar a própria vida e a da ex-companheira. “Uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil, taxa de 4,3 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas do sexo feminino. Se considerarmos o último relatório da Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocuparia a 7ª posição entre as nações mais violentas para as mulheres de um total de 83 países”, afirma Kaliana Fontes, integrante da Rede Feminista Grapiúna.

O ato contará com a participação de diversas entidades da sociedade civil organizada, como sindicatos, centrais sindicais, coletivos de mulheres, OAB, Ministério Público, dentre outros.