:: 23/jun/2018 . 10:00
Artes & Artistas
Juraci Masiero Pozzbon
Gustavo Rincón Moreno, artisticamente MORENU, iniciou a sua atividade artística como autodidata. Em 2013 iniciou o curso de licenciatura em artes visuais na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, onde cursou cinco semestres, transferindo-se posteriormente para o curso de bacharelado em Artes Visuais na UNB – Universidade de Brasília, fez residência na “Dacia Gallery em New York em 2014. No ano de 2004 obteve o primeiro lugar em pintura na “Primeira Olimpíada Nacional de Talentos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica” com a obra, “Mentiras Vespertinas”
Atualmente Morenu um artista multimídia, transitando entre a pintura, desenhos, escultura, instalações, fotografias e vídeos. Participando de exposições nacionais e internacionais. Na pintura, utiliza principalmente óleo e acrílico, por vezes misturados a materiais não convencionais como arame, pregos, parafusos, silicone, etc.
As composições do artista refletem críticas às problemáticas sociais e políticas da nossa sociedade, como nas obras “E vi será do Brasil” de 2015, na qual o artista expõe as vísceras da política brasileira, entremeando dinheiro picado, moedas e inserções de manchetes de jornais. Esta obra foi exposta na mostra anual da Associação Candanga de Artistas Visuais em 2016 na Câmara Legislativa do Distrito Federal, onde causou grande impacto.
Na poética mais recente “Feridas Urbanas”, representações de fragmentos de pele humana com diversas feridas (arma de fogo, facadas, traumatismo contundentes), ora isoladas, ora inseridas em fundos abstratos estilisticamente expressionistas, chamam atenção do público para o sofrimento da sociedade brasileira, gerado por violência doméstica, estupros, balas perdidas, latrocínios, assaltos e homofobia. Morenu pretende sensibilizar a sociedade, resgatando a memória das vítimas, para não se tornarem mais uma simples estatística. As Feridas Urbanas após tratamento podem sanar, porém a ferida psicológica deixada na vitima e na sociedade custará a sarar.
“History transpõe à sua arte, uma força de vida”.
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Juraci Masiero Pozzobon, Artista plástica e mecenas, Bacharel em Artes plásticas na UNIC – Cuiabá, Graduada em Ensino da Arte pela FASIPE e Arte Terapia pela Cândido Mendes, RJ. Doutoranda em Epistemologia e História da Ciência pela Instituição Iesla/UNTREF – Buenos Aires, Argentina.
O sexismo cotidiano
Elen Prince
Sexismo ou discriminação de gênero é o preconceito ou discriminação baseada no sexo ou gênero de uma pessoa. Ele se faz presente no nosso dia dia, de forma escancarada, e muitas vezes, de forma imperceptível. Essa não percepção, deve-se ao enraizamento sociocultural do patriarcado, ou seja, homens os dominantes, e mulheres as submissas. Não é de agora que as mulheres são preteridas dentro da sociedade. De uma forma geral, os homens são vistos como os mais capazes dentro do gênero. Não se trata de avaliar um homem e uma mulher, de graus de instrução diferentes e fazer um comparativo. Até mesmo dentro de subgrupos onde homens e mulheres possuem o mesmo nível acadêmico, por exemplo, os homens sempre serão apontados como os melhores sem qualquer análise prévia.
Isso vai além de rivalidade ou de briga de ego. Não se trata disso, de querer a superioridade, a supremacia para si. Se trata de sentir na pele diariamente que, por mais que as mulheres busquem o reconhecimento, ainda assim, elas sempre estarão atrás dos homens, não pela capacidade, de fato, mas por serem mulheres. Isso é um comportamento natural e mecânico da sociedade. Quantas mulheres já foram subestimadas intelectualmente em um debate, ou roda de bate papo com amigos, por exemplo? É uma necessidade constante do homem tentar impor sua “superioridade”, muitas vezes, tentando diminuir a mulher. O mercado de trabalho é um outro campo onde o sexismo se faz presente, partindo do princípio das mulheres que ganham muito menos que os homens, enquanto ocupam as mesmas vagas, ambos os gênero com o mesmo grau de instrução. O fator que diferencia dando peso à essa diferença, é tão somente o gênero.
Competir ou Cooperar?
Eulina Lavigne
Nós, Seres Humanos, por nos acharmos Seres Humanos, acreditamos sermos os mais perfeitamente evoluídos. Para mim, esse é o nosso lado prepotente e que precisamos rever.
Conta-nos Bruce Lipton, biólogo celular, pioneiro nos estudos sobre a membrana celular em seu livro Biologia das Crenças que , durante 2,75 bilhões de anos da história da Terra, os organismos unicelulares como as bactérias, algas e protozoários eram os únicos habitantes vivos. E foram esses organismos que descobriram como evoluir e se tornar cada vez mais inteligentes. Sabem como?
As células desenvolveram um processo de especialização por meio da divisão de tarefas e, com isso, consumiam menos energia e aumentaram a sua longevidade. E, se dividem as tarefas, preservam a sua energia, aumentam as chances de sobrevivência do grupo e melhoram a qualidade de vida!
Em 1914, Henry Ford adotou em sua fábrica a linha de montagem. Dividiu as tarefas e isso contribuiu para uma ampliação de consciência, e agora nós estamos resgatando esses conceitos com movimentos de grupos que atuam nas ruas, com o surgimento de Ecovilas, de movimentos de artesões, e por aí vai. Estamos compreendendo que melhor cooperar do que sucumbirmos a sós.
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