pererecaOs pesquisadores da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) professor doutor Mirco Solé e doutor Iuri Ribeiro Dias, em conjunto com a doutora Judith Vörös, curadora do Museu de História Natural da Hungria, encontraram uma nova espécie de perereca na região Sul da Bahia. Ao descrever o anfíbio, os cientistas o batizaram com uma homenagem ao escritor baiano Jorge Amado.

 

“Os livros de Jorge Amado nos revelam o passado da região cacaueira e ainda que os anfíbios não desempenhem um papel central nas histórias dele, uma visita ao memorial do Rio Vermelho, em Salvador, casa de Jorge Amado e Zélia Gattai, nos revela o grande carinho que o escritor tinha por estes animais, os quais colecionava na forma de obras de argila e madeira”, explica o professor Mirco.  A Phyllodytes amadoi é um tipo de perereca que vive nas bromélias, planta ainda abundante na região e propícia para a reprodução desses animais por apresentar a capacidade de segurar água da chuva. Entre as principais características desta espécie estão seu diminuto tamanho, com apenas dois centímetros, focinho achatado e uma listra que vai dos olhos aos flancos.

 
O animal foi encontrado no município de Una, na reserva Ararauna, durante trabalho de campo em 2015. Mas somente no último dia 24 de outubro, a descoberta foi publicada na revista científica neozelandesa Zootaxa, a mais importante do mundo na descrição de novas espécies. Phyllodytes amadoi é a segunda nova espécie de perereca de bromélia encontrada pela equipe do professor Mirco Solé. O cientista já descreveu outras três espécies de anfíbios do Sul da Bahia.