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Projetos voltados à educação empreendedora, que incluem intervenções e tecnologias sociais, de baixo custo e de grande alcance social, estão sendo expostos na 4ª Feira de Tecnologias Sociais da Educação Profissional e Tecnológica, que acontece até essa quinta-feira (23), das 8h às 18h, no nível 5, da Arena Fonte Nova, como parte da programação do 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. São 189 estandes, formados por estudantes dos cursos técnicos de nível médio e dos cursos de qualificação profissional da rede estadual, que apresentam o resultado de ações pedagógicas visando à formação profissional e a inserção dos jovens no mundo do trabalho.

37692070335_a3e65b6b17_zNos estandes, os visitantes podem interagir com os estudantes, participar de palestras sobre temas diversos como segurança no ambiente doméstico e até gustar, em uma Cozinha Experimental, chocolates, doces, cuscuz, empadas, empanadas de jaca, bolos de abóbora e outras delícias que foram produzidos pelos estudantes dos cursos técnicos da rede estadual vindos de vários Centros de Educação Profissional e Tecnológica da capital e do interior.

 Os estudantes também estão realizando serviços gratuitos como aferição de pressão arterial e chamam a atenção pela tecnologia e inovação dos projetos. Entre os trabalhos de grande alcance social está o programa “Professional Vision”, que beneficia pessoas com paralisia total do corpo e da fala. Desenvolvido pelas estudantes do curso técnico de nível médio em Informática, do Centro Territorial de Educação Profissional Itaparica I, em Paulo Afonso, Renata Silva e Rafela Ângela, ambas com 18 anos, o sistema, por meio de um reconhecedor facial, possibilita que o usuário se comunique. “Através da webcam do computador, o programa reconhece a pessoa que pode movimentar o cursor com leves movimentos indicando frases pré-programadas como ‘olá, tudo bem?’ ou ‘como está você?’. A seleção é feita com um piscar de olhos que aciona o clique do mouse”, explicou Renata.

Este projeto rendeu às jovens um prêmio de primeiro lugar no Hackathon (maratona de programação) no Google Devfest, realizado em outubro de 2016, em Maceió (AL). “Foi um momento que participaram diversos desenvolvedores do Brasil inteiro e tivemos essa grande vitória nesse evento”, destacou Rafaela.

 Também com grande apelo social, as primas e estudantes do curso técnico de Segurança do Trabalho, do Centro Estadual de Educação Profissional do Vale do Paraguacú, em Maragogipe, Iris, 18, e Jéssica Calheiras, 19, se voltaram para a sua realidade para desenvolver um projeto que altera a qualidade no trabalho de seu povo. “Em nossa comunidade quilombola de Giral Grande temos muitos acidentes com a produção de farinha. Com os equipamentos acabavam acontecendo muitas mutilações e até mesmo escapelação do couro cabeludo. Com nosso projeto, mostramos soluções, como a criação de uma paleta que empurra a mandioca para o trituramento no cocho, evitando o uso diretamente das mãos. Além disso, o projeto tem uma proteção feita com as caixas que transportam a mandioca, para evitar que o cabelo fique preso na máquina promovendo um acidente, em sua grande maioria direcionada às mulheres”, ressaltou Iris.