Daniel Thame

Essa história de fumaça preta e fumaça branca para a escolha do novo Papa me fez lembrar de uma história nos primórdios da TV Cabralia, comandada por Nestor Amazonas, lá pelo final dos anos 80.

Um cinegrafista e seu auxiliar, cujos nomes não vêm ao caso, foram vistos à noite na torre da emissora, em Itabuna, expelindo uma inconfundível fumacinha de aroma igualmente inconfundível.

Nestor não era fiscal do Ibama, mas ao saber que estavam ´queimando mato` no horário de trabalho, chamou os dois à sua sala. Bastava confirmar e o máximo que receberiam era uma bronca.

Mas ambos negaram e ainda se disseram indignados com aquela acusação injusta.

Nestor Amazonas, a quem a comunicação sulbaiana ainda  deve o merecido reconhecimento, não era dado a lero lero. Foi direto ao ponto:

-Se vocês não estavam fumando maconha tarde da noite na torre da tevê, então estavam trocando c…

E perguntou, didaticamente:

-Vocês preferem sair dessa sala como viados ou como maconheiros?

Ambos optaram pela fumaça preta.