sesabO Governo do Estado da Bahia aplicou mais de R$ 9 bilhões em obras, serviços e recursos humanos na área da saúde nos últimos dois anos, com a abertura de aproximadamente 500 leitos em hospitais e maternidades. E até 2018, novas unidades de saúde serão inauguradas na capital e no interior. Esta foi a síntese da apresentação do secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, aos deputados que integram a Comissão de Saúde e Saneamento, da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). O encontro realizado nesta terça-feira (18), no gabinete da secretaria, foi uma oportunidade para discutir o cenário atual e as perspectivas da saúde pública na Bahia.

 

De acordo com o secretário, para continuar investindo em serviços de alta complexidade e atendendo os pacientes mais graves, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) implantou nos últimos dois anos medidas de eficiência do gasto público, o que permitiu ampliar e descentralizar a assistência à saúde.

 

“Apenas neste período, a capital baiana ganhou o Hospital Geral do Estado 2 (HGE 2), referência no atendimento a queimados e a urgência e emergência de trauma e o Hospital da Mulher, que é a maior unidade do Norte-Nordeste especializada no atendimento à saúde feminina. Foram mais de R$ 110 milhões investidos nas duas unidades, que acrescentam 297 novos leitos à rede estadual. Já no interior, inauguramos duas Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPAs), uma em Feira de Santana e a outra em Vitória da Conquista. Cada unidade tem a capacidade de atender, diariamente, até 450 pacientes de baixa e média complexidade”, pontua o secretário.

Na opinião do deputado e presidente da Comissão de Saúde e Saneamento, Alex da Piatã, o encontro foi muito positivo. “Numa crise como essa, onde estados como o Rio de Janeiro e tantos outros estão em dificuldade de manter o básico, a Bahia conseguiu manter as contas em dia, fazer investimentos na saúde e, mesmo aumentando o custeio, o orçamento está equilibrado. Isso é sinônimo de eficiência”, destaca o parlamentar.

 

O deputado José de Arimateria, que além de integrar a Comissão de Saúde e Saneamento preside a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde, também considerou positiva a iniciativa de estreitar o relacionamento com os parlamentares, sobretudo, para detalhar os investimentos estaduais, bem como esclarecer temas polêmicos, como a reforma de unidades psiquiátricas e a migração do perfil para hospitais gerais. “Sugerimos que as ações desenvolvidas sejam apresentadas regularmente à Comissão. A minha linha é fazer oposição com responsabilidade, com críticas construtivas. Muitas coisas foram esclarecidas, como a reforma do Hospital Psiquiátrico Afrânio Peixoto (em Vitória da Conquista). Uma boa notícia é que a Bahiafarma produzirá próteses ortopédicas para atender a demanda da Bahia e do Brasil”, diz.

 

Perspectivas

 

A partir deste ano serão investidos mais de R$ 600 milhões no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia, sendo 70% financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e 30% de contrapartida estadual.

 

Esse montante será investido, simultaneamente, na estruturação do Sistema de Atenção Integral de Saúde para superar vazios assistenciais em áreas prioritárias e no fortalecimento da regulação para a assistência à saúde, garantindo o acesso adequado dos usuários do SUS na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Serão construídas, ampliadas e reformadas unidades de saúde nas cidades de Candeias, Camaçari, Alagoinhas, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Salvador, Pojuca, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Vera Cruz, Santo Antônio de Jesus, Valença e Feira de Santana.

 

Além disso, serão construídas 11 policlínicas, o que possibilita, simultaneamente, ampliar a oferta de serviços de média complexidade e descentralizar a assistência na Bahia. Cada policlínica custará cerca de R$ 20 milhões entre obras e equipamentos, que serão assumidos integralmente pelo Governo do Estado. Já a manutenção mensal será compartilhada entre o Estado, que financiará 40% dos custos, e os municípios consorciados, que vão cobrir os 60% restantes proporcionalmente à sua população.

 

Somente nas cidades de Jequié, Guanambi, Teixeira de Freitas e Irecê, que estão com mais de 70% das obras concluídas, a previsão é que as policlínicas sejam referência para aproximadamente 2 milhões de baianos que residem em 98 municípios do estado.

 

As próximas policlínicas serão construídas nos municípios de Salvador, Alagoinhas, Feira de Santana, Valença, Simões Filho e Santo Antônio de Jesus, sendo a capital baiana a única com duas unidades.

 

Outras obras também estão em ritmo acelerado. O Hospital Regional da Costa do Cacau, em Ilhéus, o Hospital da Chapada, em Seabra, e o Hemocentro de Barreiras entrarão em funcionamento neste ano. E em breve será licitado o Hospital Metropolitano, que terá 300 leitos e será construído no município de Lauro de Freitas.