(do Blog Sensacionalista)- Eduardo Cunha aprovou, nesta semana, mudança no regimento da Câmara que fará com que os deputados do Sul do país votem primeiro na sessão que decidirá o impeachment.

A medida faz com que os deputados do Nordeste e Norte, onde Dilma tem mais apoio, votem por último e visa criar uma quantidade maciça de votos à favor do impeachment no começo da sessão, de forma a constranger os indecisos a não votar contra depois.

Agora, Cunha conseguiu amparo legal para desligar os microfones de quem não concorda com ele.

A nova alteração no regimento da Casa, baseada na interpretação de uma lei de 1913 (quando microfones modernos ainda não haviam sido inventados), determina que os deputados abertamente à favor do impeachment tenham seus microfones desligados durante a sessão. “Não sabemos como ele conseguiu isso, ele é praticamente o Neo mexendo direto na Matrix. É como ver Pelé fazendo um gol, não dá para explicar”, disse o deputado Paulinho da Força, com brilho nos olhos.

Desta forma, os deputados à favor de Dilma não poderão ser ouvidos e seus votos contarão como abstenções. O PSDB elogiou a medida, que classificou de “democrática”. “Se a pessoa não concorda com o clamor das ruas, não deveria ter sido eleita”, disse o senador Aécio Neves. “O voto popular das passeatas é o que vale. Urna é passageiro.”