raul e obama 3O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi recebido nesta segunda-feira (21) pelo presidente cubano, Raúl Castro, no Palácio da Revolução, em Havana, para uma reunião que é considerada o ponto alto da visita do presidente americano à ilha comunista.

raul e obama 4No encontro, Obama pretendia pressionar Castro por reformas econômicas e democráticas e ouvir reclamações sobre as sanções americanas ao país. O presidente cubano já deixou claro que não está disposto a negociar nenhuma mudança em sua política a pedido ou por pressão dos Estados Unidos, seu adversário por mais de meio século, segundo a France Presse.

Pouco antes, o presidente norte-americano participou de raul e obamauma cerimônia na emblemática Praça da Revolução e depositou uma coroa de flores na frente da estátua do herói independentista José Martí, na mesma praça onde há também uma imagem de Ernesto Che Guevara.

O secretário de Estado americano, John Kerry, destacou esse “momento histórico” e o que significou “ter ouvido os dois hinos juntos, em Havana, com o presidente dos Estados Unidos”, segundo a France Presse.
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Obama faz a primeira viagem em 88 anos de um presidente dos EUA a Cuba.

“Vim a Havana estender minha mão amistosa ao povo cubano”, afirmou o presidente Barack Obama nesta segunda-feira em sua página no Facebook, onde também publicou algumas fotos feitas durante seu passeio com a esposa Michelle e suas filhas por Habana Vieja.
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“Estou aqui para enterrar o último vestígio da Guerra Fria na América e para construir uma nova era de entendimento que ajude a melhorar a vida dos cubanos”, afirmou. “É uma honra ser o primeiro presidente dos Estados Unidos em quase 90 anos a visitar um país e um povo que ficam apenas a 170 km de nosso litoral”, acrescenta o texto.

“Como muitos americanos, só conheci o isolamento que houve entre nossos governos. Nasci em 1961, quando houve a invasão da Baía dos Porcos. Um ano mais tarde, o confronto da Guerra Fria com Cuba colocou o mundo à beira da guerra nuclear”, recordou.

“Com a passagem dos anos, os desencontros entre nossos governos causaram sofrimento a nossos dois povos, incluindo os cubanos-americanos, muitos dos quais passaram décadas separados de seu país de nascimento e de suas famílias”, acrescentou. (do G1)