pastor O pastor Edimar da Silva Brito, de 36 anos, já está no presídio Nilton Gonçalves, em Vitória da Conquista, desde a quarta-feira (27). Ele é acusado mandar matar a pastora Marcilene Oliveira Sampaio e sua prima Ana Cristina Sampaio, assassinadas a pedradas, em 19 de janeiro, numa estrada na região de Barra do Choça.

Foi o marido de Marcilene, Carlos Eduardo de Souza, 50, líder de outra congregação evangélica, que o denunciou à polícia. Ele estava com a mulher e a prima dela quando foram atacados, mas sobreviveu às agressões.     Adriano Silva dos Santos, 36, e Fábio de Jesus Santos, 24, apontados por ele como os executores, já se encontravam presos desde o dia 20. A dupla confirmou à polícia que Edimar foi o mandante.

Com mandado de prisão preventiva em aberto, o pastor foi preso, na segunda-feira (26), numa fazenda no distrito de Ibitupã, em Ibicuí, por equipes da 10ª e da 21ª Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins), de Vitória da Conquista e Itapetinga, respectivamente.

Interrogado pelo delegado Neuberto Costa, titular da Delegacia de Homicídios (DH/Conquista), Edimar disse que não tem envolvimento nas mortes e nem na tentativa de homicídio, alegando que foi coagido pelos executores, Fábio e Adriano, a acompanhá-los até o local onde os crimes ocorreram.

Segundo o delegado, Edimar, Carlos Eduardo e Marcilene faziam parte da mesma congregação evangélica. Há dois anos, o casal decidiu fundar o próprio templo religioso, separando-se de Edmar e atraindo os fiéis, que passaram a frequentar os cultos celebrados pela nova congregação.

O fato desagradou o pastor, que tramou a morte do casal e pediu a ajuda de Fábio e Adriano, que frequentavam seus os cultos. Os três, então, a bordo de um automóvel, seguiram o casal e a prima, que iam para um compromisso fora de Conquista, e os emboscaram num trecho deserto da estrada, interceptando a picape em que viajavam.