dilma reuniãoNa primeira reunião ministerial com sua nova equipe, a presidente Dilma Rousseff disse que está em curso no país um “golpe democrático à paraguaia”, mas fez questão de destacar, logo em seguida, que o Brasil não é o Paraguai.

O comentário foi feito no encerramento da reunião, fechada à imprensa, realizada na semana em que o governo sofreu duas derrotas em tribunais que podem pôr em risco o segundo mandato de Dilma. Num gesto com os dedos, ela indicou que a expressão “golpe democrático”, deveria ser entendida entre aspas, como uma ironia.

Nos últimos dias, o TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitou as contas da presidente em 2014 e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) abriu investigação sobre supostas irregularidades na campanha presidencial de Dilma Rousseff.

Segundo relato feito à Folha por três ministros, ao finalizar a reunião ministerial, Dilma procurou demonstrar que não se abateu com as últimas derrotas e fez o comentário de que está em movimento no país um “golpe democrático” à paraguaia. Em seguida, elevando o tom de sua fala final, a presidente afirmou: “Só que o Brasil não é o Paraguai, temos instituições fortes”.