Daniel Thame

DT tabocas 20“O Fluminense vem a público comunicar o rompimento do contrato com o atleta Ronaldinho Gaúcho de forma amigável e em comum acordo entre as partes. Fluminense e Ronaldinho seguem com os laços mantidos e planejam trabalhar em outros projetos no futuro”

“Obrigado a toda galera Fluminense!! E com muito respeito e agradecimento me despeço deste grande clube!!”

Nota Oficial do Fluminense e postagem no twitter do jogador.

Protocolar. Como um casamento que termina após um completo e mútuo desencanto, mas que se tenta, ao menos, manter as aparências. Como se alguém terminasse, sem que houvesse um motivo de extrema gravidade, algo que estava correndo as mil maravilhas.

adiosCorrendo? Isso soa quase como uma ofensa a Ronaldinho Gaucho, contratado como grande atração do Fluminense e que, sem cumprir nem a metade do seu contrato, deixa o clube carioca pela porta dos fundos, após performances melancólicas nas raras partidas que disputou.

Ou fingiu disputar.

Ronaldinho Gaucho, surgiu como promessa de craque no Grêmio, fez uma escala no Paris Saint German e de lá seguiu para o Barcelona, onde explodiu como gênio da bola.

Sua técnica apurada, com dribles mágicos, arrancadas fulminantes e gols de antologia, fizeram com que se acreditasse que, enfim, tivesse surgido um jogador capaz de se colocar apenas alguns degraus abaixo de Pelé, porque Pelé é inigualável.

Eleito duas vezes o melhor jogador do mundo, Ronaldinho Gaucho fez a curva descendente de forma prematura. Consciente ou não, trocou a magia dos campos pelas loucuras da noite. Milionário antes de completar 25 anos, deixou-se levar pelas delícias da fortuna.

As farras, intermináveis, consumiram seu maravilhoso talento para jogar futebol. A ascensão de Lionel Messii, o avesso do avesso do brasileiro e que enfim se revelaria muito mais craque do que ele, enxotou Gaucho para o Milian, de onde saiu sem deixar saudade.

Sem mercado na Europa, foi para o Flamengo, após um inacreditável leilão promovido por seu irmão empresário Assis. As noites cariocas, sempre tão calientes, foram mais atrativas do que as tardes e noites abafadas do Maracanã.

Foi mandado embora do Flamengo e teve um breve renascimento no Galo Mineiro, onde foi ídolo e Campeão da Libertadores, perdendo a derradeira chance de parar por cima.

Antes da saída decepcionante do Flu, teve uma passagem breve e igualmente decepcionante no Queretaro, do México.

Ronaldinho Gaucho está diante de duas opções. Encerrar a carreira, podre de rico que já está, ou enganar em mercados periféricos como China e Orienta Médio, onde basta que sua lenda entre em campo.

Triste canção do adeus para o Pelé que não foi.

 

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É gol- Futebol sem Messi é como se acostumar com Caetano Veloso e ter que se contentar com Pablo. Ô sofrência.

 

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É pênalti- Marco Polo del Nero é tão apaixonado pelo Brasil que nãi viaja para o exterior nem amarrado. Amarrado? Ops!

(*) coluna publicada na edição semanal de A Região?BA