Daniel Thame

DT blog 1O que se pode abstrair dos dois amistosos da Seleção Brasileira na terra do Tio Sim, vitória de 1×0 sobre a Costa Rica e uma goleada de 4×1 nos Estados Unidos?

O óbvio ululante, como diria o saudoso Nelson Rodrigues: o Brasil é um time sem Neymar e outro com Neymar. Até ai, morreu o boi, como diria (ou mugiria) a vaca. Neymar é o único extra-classe nessa safra ruim do futebol tupiniquim, o que além da rima pobre, não é solução.

O jogo contra a Costa Rica foi uma pasmaceira de dar sono num fim de tarde de feriado prolongado. Um gol irregular de Huck, uma garfada nos costarriquenhos naquele que seria o gol de empate e só.

Contra os EUA, que dia dessas andaram lá pelas `Oropas` e ganharam (sabe-se lá Obama como, porque o time é ruim de doer) da Holanda e da Alemanha, um primeiro tempo de dar pena, 1×0, de novo gol do incrível Huck (incrível porque um jogador apenas esforçado consegue ser estrela de um time pentacampeão do mundo) e mais nada.

neymarNo segundo tempo, fez-se a luz: Neymar entrou em campo e ai foi outro time, outro jogo. Neymar fez dois gols, infernizou a fraca defesa ianque e mostrou que fará falta nos dois primeiros jogos das eliminatórias, contra o Chile em Santiago e contra a Venezuela aqui no Brasil.

Porque, e de novo vamos ao óbvio e ululante, o Brasil sem Neymar é uma seleção recheada de bons jogadores como David Luiz, Marcelo, Kaká, Miranda, Oscar, Willian, Douglas Costa, Willian, etc., mas nenhum deles capaz de resolver um jogo difícil. Neymar já mostrou que resolve.

Na próxima semana, Dunga convoca os jogadores que darão a largada nas Eliminatórias da Copa do Mundo na Rússia, mas nada que seja muito diferente do grupo que foi aos EUA.

É isso que temos e é com isso que vamos à luta, porque se classificar para o Mundial é obrigação.

Cá pra nós, as Eliminatórias não serão o passeio de antigamente, mas o Brasil passa sem levar muito susto.

Um pouco de susto vai levar, porque tirando Neymar, a companhia é mesmo limitada.

 (*)Coluna publicada na edição semanal de A Região