veja

Por Fernando Brito, doTijolaço

A reprodução aí em cima não é uma montagem caricata entre a imagem de Obama e a de Che Guevara.

É, sim, uma caricatura do que se diz uma revista de informação, na capa da edição que começa a circular.

É pior do que uma brincadeira da “Mad” ou do que um guri que pinta bigodinhos em retratos de pessoas.

Nem mesmo o eventual humor que pudesse haver o traço da montagem de imagens ou desenhos.

Apenas a grosseria, tanto que até eu, que quase tudo me

Um acontecimento histórico, que despertou a atenção de todo o mundo, uma espécie de “queda do Muro de Berlim” do Ocidente virou apenas isso.

E mais ainda, falso. Porque nem Obama é “amigo” de Cuba nem Cuba é amiga de Obama.

Apenas deram um passo para deixar de tratarem-se como inimigos mortais.

Um gesto de civilização, justamente o que causa horror em Veja.

Daí esta capa.

Nada que pudesse diferenciar a revista de um panfleto de ativistas de extrema direita, como há aos magotes entre os anticastristas da Flórida.

Mas, afinal, o que espero eu?

Que a Veja se diferencie do que é, um panfleto de extrema direita?

Velho, malfeito, antiquado, emburrecedor.

Nem a “Seleções” dos tempos da guerra fria descia a isso.

Veja prova, porém, que é sempre possível ser mais imbecil.