AGROECOLOGIAO Brasil é um dos 25 países premiados pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) por ter reduzido pela metade o número absoluto de subalimentados no País. A meta brasileira foi alcançada antes de 2015, prazo estabelecido durante a Cúpula Mundial de Alimentação (CMA), em 1996, em Roma, na Itália.

A premiação ocorreu no domingo (30), na sede da FAO, na capital italiana. Na oportunidade, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, destacou as políticas públicas de transferência de renda como vetores da desmistificação do pobre como um preguiçoso.

“Quando se pensa que a pobreza seja o resultado de uma leniência, que o pobre é um perdedor ou uma pessoa preguiçosa, não é bem assim”, afirmou a ministra. “Porém, estamos construindo uma futura geração que não precisará do Bolsa Família, que teve acesso à educação e à saúde”, disse a ministra.

Segundo o  o MDS, entende-se como subalimentação a ingestão insuficiente e prolongada de alimentos, de qualquer nutriente, indispensável à manutenção da saúde do indivíduo, podendo provocar consequências orgânicas e funcionais, como a subnutrição em crianças, por exemplo.

Atualmente, o número absoluto de pessoas nessa situação é medido pelo Indicador de Prevalência de Subalimentação da FAO. Segundo o indicador, o Brasil alcançou o nível menor que 5%, abaixo do qual a organização considera como superação do problema da fome.

Desde a criação do Programa Fome Zero, em 2003, as políticas públicas de combate à fome têm perseguido objetivos cujos resultados vêm sendo reconhecidos no Brasil e no mundo.

]Em 2013, a FAO afirmou que o Brasil reduziu pela metade a população que sofre com a fome. Em setembro deste ano,  o Relatório de Insegurança Alimentar no Mundo aponta que o Brasil saiu do mapa da fome.

Atualmente, o programa governamental referência para o acesso à alimentação é o Bolsa Família, mas desde 2003, várias são as políticas públicas para alcançar os índices desejáveis de segurança alimentar.

Eles mostram que em 10 anos, há 10% a mais de calorias disponíveis à população, houve crescimento real de 71,5% do salário mínimo e criação de 21 milhões de empregos e 43 milhões de crianças e jovens com refeições regulares em todas as escolas públicas do País.