estradaA cada dia que passa, jovens vem sendo assassinados em escala industrial na guerra do tráfico em Itabuna.

Os crimes são motivados por disputas de pontos de venda, rusgas entre traficantes e mesmo dívidas, algumas delas irrisórias, de dependentes com os fornecedores.

É impressionante a precocidade com que nossas crianças entram para o mundo das drogas, um praga que rompeu as fronteiras das grandes metrópoles e se espalhou por todos os cantos do país.

É um mundo onde se começa cedo e onde também se morre cedo.

Poucos conseguem ultrapassar a barreira dos 20 anos.

Nos últimos anos, cidades como Itabuna e Ilhéus passaram a conviver com essa guerra cotidiana, alimentada pelo tráfico de drogas e que gera uma explosão de violência.

Algumas das “bocas” são conhecidas, fora a ação acintosa dos traficantes na porta das escolas, aliciando alunos que mal entraram na pré-adolescência para o vicio.

Se não temos aqui os grandes chefões da droga, temos traficantes que controlam pontos de venda e muitas vezes cobram com a vida uma divida de drogas.

A droga destrói, desestrutura qualquer família, arrebenta os lares mais sólidos.

Quem vive ou viveu essa drama, sabe o que é ter um irmão, um filho ou um amigo envolvido com as drogas.

Em casos extremos, viciados roubam a própria família para comprar droga.

O pior é que apesar de todas as campanhas de prevenção, algumas delas bastante duras, o consumo de drogas não para de aumentar.

Há quem consiga sair, mas em muitos casos é um caminho sem volta.

Um caminho onde não se deve dar o primeiro passo, já que na maioria das vezes não existe placa indicando o caminho de volta.