:: 12/fev/2014 . 20:04
Festa para os 50 anos da CDL de Itabuna
Com a presença de mais de 600 convidados entre autoridades, políticos, imprensa, ex-prefeitos, ex-presidentes e homenageados diversos, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Itabuna concluiu as comemorações de seu cinqüentenário, completado em agosto de 2013.
O presidente da CDL Jorge Braga, no seu pronunciamento de abertura, ressaltou ser “um homem abençoado e de sorte, por ser o presidente dos 50 anos da CDL”, mas preferiu fazer agradecimentos a todos aqueles que deram a sua contribuição para o desenvolvimento do comércio de Itabuna destacando o papel da imprensa, dos seus antecessores, dos prefeitos e dos consumidores regionais.
Em seguida foram iniciadas homenagens a 22 ex-presidentes, já falecidos ou vivos, do período 1963 a 2013. Numa homenagem surpresa foi também agraciado com a comenda o atual presidente Jorge Braga. Depois foram homenageados os 11 prefeitos que conviveram com a instituição nos últimos 50 anos, presentes ou representados, Félix Mendonça, José de Almeida Alcântara, Fernando Cordier, Simão Fiterman, José Oduque, Fernando Barreto, Ubaldo Dantas, Geraldo Simões, Nilton Azevedo e Claudevane Leite. A noite teve ainda o registro das 52 lojas e instituições mais antigas de Itabuna que também receberam diplomas. Ausentes apenas 6 delas.
No final da solenidade, foi lançada a revista “CDL 50 Anos”, que foi apresentada pelo diretor Carlos Leahy, que agradeceu aos patrocinadores e a todos que estiveram envolvidos com a publicação que ele considera um documento histórico.
10 mil pessoas no adeus a Juraci Santana
Cerca de 10 mil pessoas, de acordo com cálculos da Policia Militar, participaram do velório e do sepultamento do produtor rural Juraci Santana. Inicialmente previsto para acontecer na Câmara, o velório ocorreu em praça pública, num clima de grande comoção.
Juraci foi sepultado por volta das 18 horas, enquanto um helicóptero do Exército sobrevoava a cidade. Apesar do clima de revolta, não houve tumulto.
Nos olhares de pessoas ainda chocados com um crime brutal, era possível identificar dois desejos: paz e justiça.
Tropas do Exército chegam ao Sul da Bahia
Soldados do Exército desembarcaram em Ilhéus nesta quarta-feira com o objetivo de garantir a lei e ordem na região que envolve a demarcação de uma área de 47 mil hectares nos municípios de Ilhéus/Olivença, Una e Buerarema..
Também foram enviados de Salvador 13 veículos do Exército, incluindo caminhões e carro blindado anti-motim.
O envio de tropas foi um pedido do governador Jaques Wagner ao Governo Federal. (veja nota abaixo)
Deputado ligado ao MST defende demarcação de terras para indígenas
Em nota distribuída por sua assessoria de imprensa, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que tem sua base de apoio no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, atribuiu a morte do pequeno produtor Juraci Santana, um ex-sem terra, “à não demarcação de terras indígenas na região sul da Bahia”.
“Me solidarizo com a família dele e peço total rigor e empenho nas investigações do crime. Lamento o que ocorreu e para que isso não se repita é que precisamos acelerar a demarcação de terras indígenas na Bahia”, disse Assunção, Para ele, “o confronto entre assentados, agricultores, índios e grandes latifundiários só existe porque não há uma demarcação estabelecida e, portanto, a disputa pelas terras continua acontecendo. Sem demarcação haverá sempre conflito e mais mortes”.
Falta explicar o que fazer com as centenas de pequenos produtores rurais, muitos deles assentados em áreas de reforma agrária, que serão expulsas de suas propriedades caso a área de 47 mil hectares definida pela Funai como terra tupinambá, seja demarcada.
Provavelmente voltarão a ser sem-terras.
É o que dá o tipo de político, mesmo aqueles forjados na luta e com um histórico exemplar como Walmir Assunção, querer fazer média com o mundo, com raimundo e com o escambau, que rima com Babau, mas está longe de ser uma solução.
Eduardo Salles repudia ação de falsos índios no sul da Bahia
“É um absurdo o que está acontecendo no Sul da Bahia. Produtores que estão há décadas na região continuam tendo suas propriedades invadidas, sofrendo ameaças e sendo assassinados por falsos índios. Medidas drásticas precisam ser tomadas com urgência para preservar a vida e o patrimônio de quem trabalhou a vida toda em suas propriedades. Esses falsos índios têm que ser presos e responsabilizados”. A afirmação é do ex-secretário de agricultura da Bahia, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, revoltado com o assassinato de Juraci dos Santos Santana, de 44 anos, ex-líder do Assentamento Ipiranga, na madrugada de terça-feira, em Uma.
Salles destacou que a morte de Juraci dos Santos ocorreu poucos dias depois da Força Nacional ter sido retirada da região. Segundo ele, a retirada desse efetivo da região em conflito foi uma irresponsabilidade do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que provocou a morte do agricultor e pode gerar mais violência. Ele denunciou ainda que ataques dos falsos índios estão acontecendo também em Itapetinga, onde várias fazendas já foram invadidas.
Salles, que quando secretário foi convocado para ser o representante dos produtores no Grupo de Trabalho (GT) criado pelo governador Jaques Wagner para buscar soluções para os conflitos com os indígenas, destaca que no dia 7 de julho do ano passado, momentos antes da abertura do Festival de Chocolate de Ilhéus, o governador Jaques Wagner reuniu-se com produtores, representantes da PM e da Polícia Federal, e reforçou a solicitação ao governo federal para o envio da Força Nacional. Em agosto, Salles reuniu-se em Buerarema com os agricultores e criadores para discutir o problema, e dias depois, após nova reunião no gabinete da Secretaria da Agricultura, conduziu um grupo de produtores para audiência com o governador.
No encontro, Juraci dos Santos, que defendia o assentamento e combatia as ações dos falsos índios disse que chegou a ser procurado por eles, que tentaram aliciá-lo propondo que também se declarasse índio. Por causa de sua postura em defesa do assentamento, Juraci vinha sendo ameaçado por pessoas ligadas aos indígenas desde o ano passado.
“Até que se chegue à decisão final das questões fundiárias, o governo federal tem que garantir a permanência dos produtores em suas propriedades com segurança”, disse Salles. Ele lembrou que os índios estão destruindo as propriedades invadidas. “Depois de invadir as propriedades e expulsar os produtores, eles matam os animais para vender e passam a viver do extrativismo, a exemplo das plantações de cacau, cujos frutos são retirados e vendidos ilegalmente. “A polícia tem que prender também os atravessadores que compram esses produtos roubados pelos falsos índios”, afirma Salles.
O ex-secretário, convocado pela Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb) para coordenar a elaboração do Plano de Governo para a Agropecuária, documento que será entregue aos candidatos ao governo do Estado, afirmou que a questão fundiária e a demarcação de terras indígenas serão temas que estarão no plano. Nesta quarta-feira, Salles manteve contatos com os sindicatos rurais de Itapetinga e Ilhéus, e agendou reuniões para a próxima semana em Ilhéus para avaliar a situação e definir os próximos passos.
Salles elogiou e concordou com a iniciativa do governador Jaques Wagner que, em Brasília, discutiu a questão com a presidente Dilma Rousseff e requereu ao ministro da Justiça a aplicação do instrumento de Garantia da Lei da Ordem (GLO) na região em conflito. Durante a vigência da GLO as forças armadas assumem a segurança local, com poder de polícia.
Governador inaugura novo complexo policial em Feira de Santana
Cegos, surdos e mudos
Ainda não se ouviu uma única voz , seja da Igreja Católica e seu braço indígena o CIMI,, seja do Ministério Público Federal, seja de ONGs internacionais, cobrando a apuração rigorosa do assassinato do produtor rural Juraci Santana ou se solidarizando com seus familiares.
E foram essas instituições que através da pressão ao Ministro Cardozo conseguiram afrouxar a tênue mas ainda assim eficiente segurança na área do conflito.
Mas- anotem aí- basta a policia colocar as mãos nos responsáveis pelo crime, choverão manifestações em favor dos pobres, inocentes e desprotegidos índios, que apenas estão reagindo a séculos de exploração, expropriação, descaracterização de sua cultura, blá, blá, blá, blá, blá, blá…
Alguém dúvida?
Corpo de Juraci segue para Buerarema
O corpo de líder do Assentamento Ipiranga, Juraci Santana, segue neste momento pela rodovia Ilhéus-Itabuna, com destino a Buerarema, onde acontece o velório e o sepultamento.
Há pouco, um grupo de produtores, com o corpo de Juraci, fez um protesto em frente à sede do MPF em Ilhéus, acusado de omissão e parcialidade. (veja nota abaixo).
O cotejo deve passar em instantes por Itabuna, onde devem ocorrer manifestações de solidariedade aos produtores, seguindo para Buerarema. Lá, o corpo de Juraci é aguardado por milhares de pessoas.
Em meio à dor e revolta, protestos contra uma morte anunciada.
Com o corpo de líder de assentamento assassinado, produtores fazem protesto na sede do MPF em Ilhéus
Após a liberação do corpo do agricultor Juraci Santana, de 44 anos, no Departamento de Polícia Técnica em Ilhéus, centenas de produtores se dirigiram à sede do Ministério Público Federal, acusado de agir de formar omissa e parcial na questão da demarcação de terras no Sul da Bahia.
No dia 30, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de liminares de reintegração de posse, o que revoltou os agricultores.
O Governo Federal também é alvo de críticas, especialmente o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que ordenou a retirada das tropas da Força Nacional de Segurança.
De Ilhéus, o corpo os Juraci segue para Buerarema, onde milhares de pessoas já se concentram para o velório e sepultamento,
O policiamento em Buerarema está sendo reforçado, já que o clima tenso pode desencadear novos protestos.