O deputado federal Geraldo Simões (PT/BA) chamou a atenção durante pronunciamento hoje (13) no Congresso Nacional para o conflito de terras que tem trazido intranquilidade ao Sul da Bahia. “Nossa região tem vivido, nos últimos tempos, uma conjuntura favorável. É a criação da Universidade Federal do Sul da Bahia – UFESBA, com sede em Itabuna. São investimentos que estão sendo feitos na Ferrovia de Integração Leste Oeste – FIOL e o Porto Sul. Também temos a inclusão do cacau na Política de Garantia do Preço Mínimo – PGPM. São notícias que tem levantado a autoestima da região e anunciam um futuro melhor”, disse ele.

Geraldo alertou que  “destoa deste clima de otimismo  o que vem acontecendo em relação aos conflitos de terra, com supostos indígenas”. São 62 propriedades ocupadas recentemente, de forma violenta. Só de sexta-feira passada até hoje foram 12 ocupações. Há 7 fazendas ameaçadas de ocupação. “São grupos que chegam à noite, armados e utilizando motos, causando clima de tensão e terror em pequenos agricultores”, ressaltou o parlamentar.

Em relação às invasões, 16 mandatos de reintegração de posse foram expedidos e seis já foram cumpridos. Geraldo lembrou que em maio deste ano, foi realizada uma  audiência pública sobre o problema, aqui na Comissão de Agricultura. “Encaminhei, por meio da Presidência da Comissão, as reivindicações e decisões tomadas na audiência, à Ministra Chefe da Casa Civil – Gleisi Hoffmann . Inclusive alertamos sobre a necessidade de suspender o processo de demarcação de terras que vinha sendo executado pela FUNAI, para evitar conflitos e violência na região”, afirmou..

INTEGRIDADE DOS PRODUTORES

Hoje, o deputado manteve contato  por telefone, com o Coronel Reis, Comandante do Policiamento Regional Sul, na Bahia, solicitando que seja restabelecida a tranquilidade e garantida a integridade dos agricultores. “Venho aqui manifestar novamente ao Governo Federal e ao Governo do Estado, ao Ministério da justiça e à Casa Civil, a necessidade de tratar deste problema com toda a urgência necessária, buscando uma solução efetiva e plausível, que garanta os verdadeiros direitos das comunidades indígenas, mas que respeite também a legislação, garantindo a permanência na terra dos agricultores que a ocupam legalmente há várias gerações”, disse.

Para Simões, “é importantíssimo que se busquem soluções definitivas. Que seja resolvido pacificamente este conflito, antes que a violência, que já se manifesta, atinja proporções de maior gravidade, com mais mortes de ambas as partes”.  “Solução imediata aos conflitos, esta é nossa demanda. Esta é a exigência do povo do Sul da Bahia”.