A polícia que investiga a morte do cabo Bruno trabalha com três hipótese para o crime: vingança, ação do PCC e queima de arquivo. Florisvaldo de Oliveira, 53, o Cabo Bruno, um dos mais conhecidos matadores da história do país, foi assassinado anteontem à noite com 20 tiros, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, onde morava.

“Ele morreu com vários tiros. O número alto de tiros é assinatura de vingança”, disse o o delegado João Barbosa Filho, chefe da Polícia Civil no Vale do Paraíba.A morte ocorre 35 dias após ele ter deixado a prisão, onde cumpriu 27 anos de uma pena superior a 117 anos pela condenação em sete processos –no total, ele era acusado de mais de 50 homicídios ocorridos na década de 1980.

Essa série de assassinatos, a grande maioria na zona sul da cidade de São Paulo, lhe deu a fama de “justiceiro”, um matador de bandidos. Para policiais, membros do Ministério Público e líderes evangélicos –ele havia se convertido à religião e virado pastor–, a morte pode ter sido encomendada pela facção criminosa PCC exatamente por ele ter se tornado o maior matador da história da PM.

Cabo Bruno foi morto quando chegava em sua casa, por volta das 23h45, voltando de um culto religioso.Dois homens o abordaram quando desceu do carro, dispararam com pistolas e fugiram a pé. “Chovia e estava escuro. Não conseguimos ver o rosto de ninguém. Só nos abaixamos para não levar tiro”, disse o genro de Bruno, que pediu anonimato.

No veículo, além de Bruno e o genro, estavam a mulher do ex-PM, Dayse da Silva Oliveira. Ninguém mais se feriu. “Parece ter percebido que o negócio era com ele. Desceu do carro e não correu, aparentemente para proteger a família”, disse o delegado.  (do Uol)