Wagner e Dilma na homenagem às vítimas do Holocausto (foto Manu Dias)

A libertação de prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, no sul da Polônia, em 27 de janeiro de 1945, foi lembrada durante a cerimônia do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. O evento foi realizado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), em parceria com a Sociedade Israelita da Bahia (Sib). Participaram a presidente da República, Dilma Rousseff, o governador Jaques Wagner, a primeira-dama, Fátima Mendonça, a mãe do governador, Paulina Wagner, secretários de estado, entre outras autoridades.

A ONU (Organização das Nações Unidas) há sete anos estipulou o dia 27 de janeiro como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que, além de comemorar a libertação dos judeus do campo de concentração, é um tributo às milhões de pessoas exterminadas pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Cerca de 20 mil negros foram mortos e, segundo a Conib, esse foi um dos motivos da escolha de Salvador para sediar o evento este ano, já que a cidade possui o maior número de afrodescendentes fora da África.

Para o governador Jaques Wagner, “mais do que palavras, é preciso que, na prática, a política cotidiana realize ações de combate a qualquer tipo de discriminação, segregação e intolerância.” Ele agradeceu a presidente Dilma pelo trabalho desenvolvido com a geração de emprego e combate à discriminação. “Um país com oportunidades para todos dificilmente abrigará discriminação e intolerância.”

A escolha de Salvador para receber o evento foi elogiada pela presidente Dilma. “Parabenizo a Confederação Israelita do Brasil pela escolha de Salvador. Essa cidade foi palco de lutas históricas, tanto pela independência do Brasil, quanto pela abolição da escravatura. Salvador é símbolo de uma comunidade que rejeita a discriminação e tem uma imensa capacidade de acolher e respeitar a diversidade.”

O papel dos direitos humanos também fez parte do discurso da presidente Dilma. “O Brasil é a favor de todos os tratados de combate ao racismo, discriminação e intolerância religiosa. Sabemos que nossa sociedade ainda discrimina negros, homossexuais ou qualquer pessoa que considere diferente. Porém as sociedades democráticas têm o poder de combater crimes como o holocausto para que eles nunca mais ocorram.” A presidente finalizou dizendo que “nações dignas só se constrõem com democracia, igualdade e tolerância religiosa.”