A Bahia, principal produtor de cacau do Brasil, com exportações de aproximadamente US$ 300 milhões por ano, terá no Salon du Chocolat, realizado de 5 a 8 de julho, no Centro de Convenções, em Salvador, um forte aliado para avançar na verticalização da indústria do chocolate em Ilhéus e toda região. Responsável por mais de R$ 749 milhões do Valor Bruto da Produção Agropecuária, número que torna essa lavoura estratégica para a economia agrícola, o Estado deu importante passo para garantir, no futuro, maior valor agregado para comercialização no mercado externo.

 Buscando um alinhamento estratégico das ações para consolidação do maior evento do segmento no mundo, com a realização do 1º Fórum Internacional de Cacau e Chocolates – previsto para ocorrer no Palácio Rio Branco –, o secretário da Agricultura (Seagri), engenheiro agrônomo Eduardo Salles, promoveu um encontro de membros do grupo de trabalho, que contou com a participação dos secretários de Turismo, Domingos Leonelli; Relações Internacionais, Fernando Schmidt; representante da Comunicação; além do coordenador do Salão do Chocolate Bahia, Diego Badaró; do presidente da Associação de Produtores de Cacau, Henrique Almeida.

 Durante a reunião operacional, com a participação do comissário-geral dos salões, o francês François Jeantet, e da empresária Sylvie Douce, ficou definida uma série de ações, a exemplo da antecipação da chegada das comitivas estrangeiras na primeira semana de julho (1º) para participarem do IV Festival Internacional do Chocolate da Bahia, que ocorre durante os dias 28 de junho a 2 de julho, em Ilhéus, além de conhecerem de perto fazendas e produtores da região. A comitiva retorna a Salvador na quarta-feira (4) para o fórum, que deve reunir as 150 maiores autoridades de chocolate para discutir o futuro do cacau e do chocolate no mundo.

 Segundo o secretário das Relações Internacionais e da Agenda Bahia, Fernando Schmidt, o salão será realizado em um ano em que se comemora também o centenário de Jorge Amado, que divulgou em sua obra a história do cacau no estado. “Isso significa um olhar de reconhecimento e um estímulo para que sejam superados obstáculos para que a cultura do cacau volte a viver uma situação de esplendor, não somente na produção, como também na industrialização”. Para o secretário de Turismo, Domingos Leonelli, quando se fala em Bahia, é inevitável não pensar no cacau que aqui é produzido. “É um símbolo muito forte”, afirma.

 “O objetivo maior desse salão ser realizado na Bahia, com a vinda dos melhores chocolateiros do mundo, é privilegiar uma região que produz as melhores amêndoas, qualidade comprovada em concursos internacionais, para avançarmos na produção baiana, e nos firmarmos como os melhores em produção de chocolate. Posição que países como Bélgica e Suíça detém, mesmo não produzindo cacau”, esclarece o secretário Eduardo Salles. Salles destacou que, pela primeira vez, dentro do Salon du Chocolat, irá acontecer concurso nacional de cacau, em que a Ceplac selecionará as melhores amêndoas para fabricação dos chocolates e degustação pelo júri internacional.