teria a Alambique se curvado às delicias da burguesia?

A crise que se instalou na Academia de Letras de Itabuna (ALITA) por conta das indiscrições do poeta mundialmente famoso Cyro de Mattos, repete-se na Academia de Letras, Artes, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc. (Alambique).

Graças à nossa cooperação com o serviço secreto cubano, conseguimos ter acesso a declarações do popular imortalcool Leléu, relações públicas da Alambique.

Leléu reclama da falta de critérios para a entrada de imortais na Alambique e diz que “desse jeito, daqui a pouco vão imortalizar o Davidson Samuel, que só bebe coca cola, e o Ricardo Ribeiro, que mal toma uma cervejinha, só porque eles são do Pimenta na Muqueca”.

Leléu chega ao absurdo de afirmar que este blogueiro, fundador e presidente vitalício e imortalício da Alambique, pensou em imobilizar, perdão, imortalizar o jornalista Ederivaldo Benedito, só não o fazendo por conta da reação do vice, Walmir Rosário, não necessariamente por motivos cachacisticos.

Em outro trecho da gravação, com a voz embolada, Leléu faz duras críticas à direção da Alambique, denunciando discriminação. Diz ele que na hora da cachaça meia boca, em botecos pé sujos, ele sempre está presente. “Mas quando a reunião é na sala do Adervan, com cachaça boa e até comida árabe, eles não me chamam. Acho que a academia está se vendendo para a burguesia capitalista”. Puro papo de bêbado, mas a autenticidade da fita foi confirmada pelo perito Clóvis Loiola.

Leléu não foi encontrado para se defender. Ou melhor, foi encontrado mas não estava em condições de se defender nem do vira-latas que lhe lambia o rosto na calçada do Beco do Fuxico.