Cecília, com os atores do filma (foto Clodoaldo Ribeiro)

De passagem pelo eixo Ilhéus-Itabuna, para o lançamento do filme Capitães da Areia, a diretora  Cecília Amado, neta do escritor grapiuna, fez uma espécie de volta às origens, conhecendo locais em que o avô viveu a infância e parte da adolescência. Foi a primeira visita de Cecília ao Sul da Bahia, que disse estar encantada com a região e se comprometeu a colaborar com programas que incentivem atividades culturais e o surgimento de novos artistas.

 Cecília afirmou que, “não basta apenas resgatar a memória de Jorge Amado, mas torná-lo presente, vivo na região, através das pessoas que pensam e fazem a cultura”. “Os romances de Jorge Amado têm essa magia porque suas histórias são reais, falam de gente de verdade. Ele amava imensamente a Bahia e o povo baiano, porque era um deles”, disse.

 Sobre Capitães da Areia, que tem o patrocínio da Bahiagás,  Cecília Amado revelou que “não se trata apenas de um filme, mas de um projeto que envolve várias ONGs e que passa pela denuncia de uma situação de exclusão social que torna o livro de Jorge Amado atual. Passa também por oportunidades de inserção de meninos e meninas de rua”. O elenco de Capitães da Areia foi recrutado após oficinas em parceria com ONGs que envolveram cerca de 1500 adolescentes.

 Cecília Amado, que está envolvida no projeto de comemoração dos 100 anos do nascimento de Jorge Amado, visitou o Bataclan e o Vesúvio, que serviram de cenário para livros de Jorge e conheceu uma fazenda de cacau, o fruto de ouro que é parte indissociável da obra do escritor.