Reza a lenda que o mar ficou vermelho, de tanto sangue

Aconteceu no domingo a 12ª. Caminhada em Memória aos Mártires do Massacre do Rio Cururupe, realizada pela comunidade indígena Tupinambá de Olivença em Ilhéus. O evento contou com a participação de mais de mil índios e começou com uma dança tradicional (porancyn), na Praça Cláudio Magalhães, em frente à Igreja Nossa Senhora da Escada em Olivença. Os indígenas   foram caminhando até a praia do Cururupe. Um percurso de oito km, relembrando a batalha dos nadadores, em 1559, onde ocorreu um dos maiores  massacres indígenas da história das Américas.  

Na época,  os índios foram cercados pelos homens do então governador geral do Brasil, Mem de Sá. Massacrados e acuados na praia, a maioria morreu afogada. Os corpos foram estendidos um após o outro, somando seis léguas de índios mortos.

 A caminhada relembra também o  líder conhecido como Caboclo Marcelino, considerado na época um comunista pelos coronéis do cacau, que lutou para defender o povo Tupinambá na década de 30 contra a ganância dos que se achavam donos das terras indígenas, no que ficou conhecido pelos anciões da comunidade como “A revolta do Caboclo Marcelino”.